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Flu voltará a campo às 22h da próxima quarta-feira (12), contra o Internacional, no Beira-Rio (Foto: Nelson Perez/Fluminense F.C.) |
Não foi o dia do Fluminense. Na Ressacada (Florianópolis-SC), o tricolor das Laranjeiras sofreu derrota para o time da casa: 1 a 0. Tecnicamente superior ao Avaí, o time de Enderson Moreira vacilou no início e não conseguiu mudar o placar. Em seu segundo jogo pelo Flu, Ronaldinho jogou os 90 minutos, aparecendo mais. Apesar do camisa 10, a falta de Fred foi muito sentida.
Mesmo após a mudança da dupla de zaga, o sistema defensivo tricolor ainda é fraco. O lateral Breno Lopes não consegue ser efetivo no ataque e também não defende bem, forçando uma mudança de posicionamento da zaga. Outro fator que enfraqueceu o Flu nesta partida foi a péssima atuação de Wellington Silva, que errava quase tudo que tentava.
Enderson segue apostando no 4-2-3-1, mesmo sem Fred. Com a chegada de Ronaldinho, o meio-campo tricolor perdeu um padrão. O treinador teria que mudar a formação, adiantando Marcos Junior, que é atacante. Pierre substituiu Jean (suspenso), e deu liberdade a Edson. As últimas partidas do camisa 8 vem chamando muita atenção, porém negativa. O volante erra mais passes que o normal e está muito afobado. O gol do Avaí saiu logo após um bote errado do jogador.
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Assim começou o Flu. Com dois volantes defensivos, faltava qualidade na saída de bola |
Gustavo Scarpa entrou na vaga de Gerson, que tirou uma folga após sua negociação com o Roma. Gustavo, porém, teve que ir para a lateral-esquerda, após saída de Breno. Magno Alves formava sozinho o ataque do Flu, e nada pode fazer, pois sentiu falta de um companheiro no setor.
O Fluminense começou desorganizado. Tentou saídas pelas laterais, com cruzamento pra área, procurava Fred, sem lembrar que o atacante do dia era Magno Alves, de baixa estatura. Logo aos 5 minutos, Romulo mandou petardo de fora da área, Cavalieri espalmou no susto e André Lima dividiu com Henrique na sobra. A bola morreu dentro do gol, que foi dado para o atacante avaiano.
Magnata procurou se movimentar e trocar mais passes. Numa dessas, deixou Wellington Silva na boa, dentro da área. Até agora ninguém sabe o que o lateral tentou fazer. Chutando ou cruzando, o jogador mandou um peteleco por cima do gol. Ronaldinho tentou o gol, bateu falta e escanteio diretos para a meta, e só.
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O Fluminense não tinha um padrão tático no primeiro tempo |
Ronaldinho Gaúcho passou muito mais tempo jogando pela esquerda do que pelo centro, e não produzia o que se espera dele. Magnata tinha que recuar para tocar na bola. Marcos Junior procurava mais o centro, parecia não querer jogar pelo lado. Scarpa se aproximava de R10. Apesar de ter mais liberdade e de gostar mais de jogar com segundo volante, Edson não rendeu na posição.
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No segundo tempo, entraram Cícero (11) e Wellington Paulista (31) |
Breno Lopes foi sacado logo no intervalo. Cícero reestreava pelo Tricolor, ficando responsável pela armação junto a Ronaldinho. Scarpa foi recuado para a lateral. Em 12 minutos, foi a vez de Magno Alves dar lugar a Wellington Paulista. O centroavante procurou fazer o mesmo que Magnata, e foi menos efetivo. Enderson errou em arriscar muito tarde. O Flu precisava da vitória, não devia ficar com dois volantes, ainda tendo dois meias que voltam muito para a defesa para armar as jogadas. O treinador tirou Pierre depois dos 30 do segundo tempo, apostando em Lucas Gomes. Naquele momento, o time já estava entregue ao nervosismo, não conseguia mais criar.
Com a entrada de Cícero o Tricolor teve um posicionamento no mínimo interessante. Seria mais ainda caso Marcos Jr. estivesse mais ligado no jogo. O baixinho jogou em posição diferente, se movimentou muito menos. Improvisado, Gustavo apareceu muito mais na lateral do que Breno Lopes, deu mais dinamismo ao lado esquerdo. Porém, o agora lateral não conseguiu fazer a bola chegar em Wellington Paulista.
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Pierre deu vaga a Lucas Gomes (32). Cícero e R10 recuaram mais |
Quando Lucas Gomes entrou, imaginei que ele jogasse pela esquerda mesmo. Porém, esperava uma maior dedicação de Marcos Jr. pela direita. Não foi o que ocorreu. O camisa 35 seguia procurando a parte central do campo, congestionando o próprio ataque. Lucas teve chance em apenas uma jogada, em que driblou três jogadores mas na hora do chute foi travado. Ali, já se sabia que o Flu estava descontrolado e nos dava uma certeza: o Fluminense não sabe jogar sem Fred.
Extras
- Na partida da quarta-feira, contra o Internacional no Beira-Rio, não contaremos com Edson, mas teremos a volta de Jean. Apesar de todas as críticas proferidas por este que vos escreve, me animo com a volta do camisa 7, pois estilo de jogo de Jean combina mais com Pierre. Outra: temos um cobrador de falta (R10). Não vamos ter que aguentar as faltas na barreira ou a 5 metros da trave.
- Diego Cavalieri; W. Silva, Henrique, Marlon e Gustavo Scarpa; Pierre, Jean, Cícero e Ronaldinho; Marcos Junior e W. Paulista (Magno Alves). Este seria meu time para a próxima rodada. Já que Fred dificilmente estará apto. WP e Magnata não sabem jogar sozinhos no ataque. Para qualquer um dos dois fluírem melhor, precisariam da aproximação de outro atacante. Ou seja, Marcos Jr. deveria ser adiantado. A opção por Scarpa é óbvia: Breno Lopes não dá.
- A volta de Vinícius está muito próxima. Dentro de duas semanas a briga será boa no meio-campo. Ainda mais porque teremos uma maratona de jogos em meio e fim de semana.
- No próximo domingo tem Maracanã. Os ingressos para Fluminense x Figueirense já estão a venda para sócios e também para não-sócios, no site do Maracanã. Presencie. Não deixe de ir por causa de uma derrota.
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