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Fred leva as mãos à cabeça ao se dar conta da tragédia que se desenhava no Maracanã (Reprodução Sportv)

Eu ainda não consegui me remontar emocionalmente para escrever um texto arrumadinho. Portanto, hoje não vai ter. Vai ser um jorro.

O Fluminense atual conseguiu estuprar minha esperança, e não satisfeito, a deixou sangrando e passando frio às margens da avenida Brasil, sem atendimento médico. Esse blogueiro chato aqui está destroçado. Meu estado de espírito se assemelha à cara de bunda flácida que o presidente Peter mostrou na coletiva de imprensa para anunciar a demissão de Enderson.

Eu realmente gostaria de acreditar que todos os nossos problemas se resumem a acertar a mão na escolha do próximo treinador.

Eu acho que o Fluminense (não confundir com sua linda história) precisa ser resetado. Tem que reformatar o HD. Tem que ser refundado.

A incompetência atinge todos os setores do clube. Do presidente à torcida. No fundo, achamos que sabemos o que é melhor para o clube, mas estamos todos perdidos.

Não bastaram o elenco mal montado, o departamento médico que libera antes da hora, a preparação física que consegue fazer Gerson (18 anos) largar o jogo com lesão muscular aos 28 do 1º tempo, e toda a carga de pressão psicológica em cima de um grupo que acumula 10 derrotas em 13 jogos.

Para jogar mais fogo na gasolina, ainda aparecem uns retardados das profundezas do inferno para atirar lata no Fred, para esfregar nota de dinheiro na cara do Cavalieri, para obrigar Marcos Júnior e Léo Pelé a tirar fotos de punho colado sob coação, e pior de tudo, para invadir campo e interromper treinamento.

Com jogos quarta e domingo, só é possível fazer treino regenerativo e um coletivo tático. Conseguiram abortar o único coletivo que o grupo poderia ter realizado, e ainda acharam que com isso estariam contribuindo para um desempenho melhor da equipe.

Como são desprovidos de massa encefálica, devem estar achando que para obter o efeito almejado é preciso redobrar a quantidade de latas atiradas e o efetivo de vagabundos invadindo o campo de treinamento. 

Bendito CT, que já chega tarde, e que evitaria isso tudo. Na falta de um CT, uma pró-atividade maior dessa gestão zumbi teria deslocado o treino para a Urca. Não haveria pseudo-macheza que desse cabo de invadir uma instalação militar.

E tem os jogadores. Mesmo que no afã de sermos justos e pesemos o desgaste físico, emocional, e a desorientação de quem não sabe o que fazer em campo, por estar desprovido de um técnico decente, não dá pra perdoar a falta de brios, de culhões roxos.

Reparem no terceiro gol. Antônio Carlos dá uma pixotada grotesca, e na sequência do lance, volta andando, em vez que correr atrás de Lucas Barrios, claramente desistindo do lance. No quarto gol palestrino, um lance de desistência coletiva que envolveu Edson, Wellington Silva, Marlon, Antônio Carlos, Léo Pelé e Cícero. Teve pé de moça pra tentar interceptar passe, teve jogador prostrado na área, teve gente chegando atrasada na indolência, só não houve compaixão com o sofrimento do torcedor tricolor.

Se estavam com o psicológico destruído depois da virada ou se resolveram entregar, eu não faço ideia. As especulações são das mais variadas, servem a todos os gostos e agitam as mesas de bar. Fato é que esse time está ferrado da cabeça, por uma razão ou outra. Jogar mais lenha na fogueira é pedir para assinar o PPV da série B ano que vem.

Que os mais precipitados não se apressem em dizer que estou botando a culpa na massa de manobra que está sempre pronta a infernizar, às 15h, por falta de ocupação profissional. Os últimos acontecimentos foram apenas a gota d´água. Quem acompanha regularmente essa coluna sabe que o alerta vermelho foi acionado muito antes. Há algumas rodadas estamos jogando o pior futebol da série A. Não deixei de responsabilizar presidente, vice de futebol, diretor executivo de futebol, treinador e elenco pelo fracasso.

Apenas digo que toda essa diretoria incompetente e o modelo de gestão compartilhada com jogadores empurraram o Fluminense para a beira do precipício. Que nós torcedores cuidemos para não dar o empurrão final.

Porque falta pouco, muito pouco pra isso.

A liderança de Fred envelheceu. Aparece quando o time é acuado por torcedores, mas é pouco atuante quando as coisas caminham bem e precisam de uma voz firme para afastar o oba-boa e conclamar todos para a manutenção do foco. Ela se reforça pela existência de um comando de futebol coxinha que não sabe falar ao coração dos boleiros e terceiriza a função com o camisa 9.

No entanto, a cada retorno de lesão, com um corpo pesado que demonstra dificuldade para marcar e correr, a cada pênalti perdido, a cada nova ameaça de liderar uma greve, Fred vai perdendo o fulgor da idolatria e ganhando contornos de mala. Muito contribui para isso o mau hábito de nossa cúpula em prometer prêmios e não pagar, de atrasar salários, de não cumprir acordos.

Há, portanto, uma relação desgastada, de uma diretoria em dívida com um grupo de jogadores que perdeu a confiança nela. Uma diretoria que em 2013 selou acordo de prêmio a Dorival Jr e não o estendeu ao grupo. Que não soube valorizar quem roeu o osso para colocar o time no G4 este ano e teve que ceder lugar para um Ronaldinho que não precisou disputar posição e um Cícero indolente, preguiçoso.

2016 precisa de ares completamente novos. 2015 só precisa de um treinador que nos garanta 4 vitórias e um feliz ano novo. Não precisa ser um top. Um bom trabalho de psicólogo, uma retranca bem montada (nossa zaga é um queijo suíço) e uma jogadinha de bola parada bem treinada talvez sejam suficientes para nos tirar da lama. Há uma penca de treineiros medíocres no Brasil perfeitamente capazes de cumprir este objetivo modesto. Se estiver tudo amarrado num contrato curto, melhor. Depois é verificar as oportunidades que o mercado oferece e trocar.

Tudo isso, claro, se não for possível contratar Muricy, o único nome disponível no mercado que vale um projeto de longo prazo. O único nome que a essa altura não soa como aposta arriscada e que justifica enfiarmos o orgulho no intestino grosso. Até porque nada vai ferir mais nosso orgulho do que cair para a Série B.

Eu perdi a fé em Fred, Gum, Cavalieri, Jean, Fred, Peter, Mário, Simone, grupos políticos e toda microestrutura viciada, carcomida, de muita lábia e pouco resultado. Juntos representam uma esfinge cujo enigma nenhum treinador decifra e pela qual acaba devorado. O símbolo desse Fluminense resignado com o fracasso e a ineficiência é o rachão. O rachão nosso de cada véspera de jogo. Morte sangrenta ao rachão. O rachão precisa virar palavra maldita nas Laranjeiras.

Por um elenco que professe a religião do treinamento pesado. Um time não se faz com bíblias.

TIRO LIVRE:

- Apesar de tudo, creio que nos salvaremos. Talvez sem obter nenhum aprendizado, mas nos salvaremos.

 Por Bruno Leonardo


Autor: Bruno Leonardo

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