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» » » » » » » [Mesa Tática] Os pilares do início de temporada tricolor
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Imagem: Nelson Perez / Fluminense FC
Dúvidas cercavam o retorno de Abel Braga ao Fluminense. Após dois anos no futebol árabe, era difícil determinar se o experiente técnico de 64 anos estava a par dos conceitos da elite do futebol mundial. Dois jogos e algumas entrevistas depois, pode-se dizer que sim.

Abelão sempre foi mais conhecido por seu estilo motivador, capaz de manter a confiança dos jogadores e extrair o máximo de cada atleta do elenco. Estereótipo engrossado pelo próprio Abel em sua apresentação, ao anunciar que resgataria a “alma” da equipe. O enaltecimento dessa característica inibia observações táticas mais aprofundadas a respeito do treinador. Em seus anos de sucesso, a receita foi um jogo reativo, com forte marcação aliada a contragolpe fulminante e bola parada mortal.

Dado o pequeno número de partidas disputadas e a qualidade dos adversários enfrentados, é traiçoeiro apontar de forma definitiva qual será a cara do Fluminense em 2017. O que já podemos é afirmar que se trata de um atualizado Abelão.

Fluminense em ação ofensiva (Reprodução / Lineup Builder)
O desenho tático do 4-1-4-1 é apenas um detalhe na hora de analisar os aspectos vistos contra Criciúma e Vasco. O time soube propor o jogo e mostrou repertório na criação de jogadas, muito além da bola parada e do contra-ataque. Sem falar nos meses de atraso futebolístico com Levir Culpi, quando a criação se resumia ao brilhantismo individual de Scarpa.

Surpreende que, em janeiro, a equipe já tenha alcançado uma verdadeira exibição como a do clássico. Prova cabal de uma pré-temporada eficiente e de uma rápida assimilação das ideias do treinador por parte dos jogadores. A estrutura bem montada potencializa as qualidades individuais complementares do meio para frente.

Tudo começa por Jefferson Orejuela. O equatoriano representa o rompimento de Abel com a figura do “cincão porrador” – outrora presença garantida em suas escalações. Primeiro homem de meio-campo, o camisa 18 marca com inteligência e prefere o posicionamento ao combate individual.  Com a bola, dá fluência à saída e inicia a construção desde trás, no papel desempenhado por Cícero em 2016. Erra pouquíssimos passes, como ele mesmo disse em entrevista ao FluLink.

Contratação certeira (Imagem: Nelson Perez / Fluminense FC)
Mais à frente, Douglas cumpre a função do box-to-box. Foi a solução encontrada pelo técnico para aproveitar os inúmeros atributos da cria de Xerém. Em ação defensiva, contribui com vigorosa marcação; em ação ofensiva, ataca os espaços, infiltra com a bola e finaliza de média a longa distância. Um autêntico todocampista.

Junior Sornoza é o grande responsável por desafogar Scarpa – que continua sendo a principal peça da engrenagem ofensiva. Cerebral, o carismático equatoriano aparece menos do que o companheiro, mas é extremamente objetivo quando detém a posse. Dribles fáceis para se livrar da marcação e passes verticais precisos que já garantiram duas assistências em seu nome. Na ponta esquerda, Wellington é veloz, agudo e parte sempre em direção ao gol.

A maior surpresa do início de temporada fica por conta de Henrique Dourado. Prejudicado pelo péssimo trabalho de Levir, o centroavante entrou – na maioria das vezes – em circunstâncias amplamente desfavoráveis. O salário alto intensificou as críticas e rapidamente pintaram a figura de um atacante horroroso, como se não houvesse mostrado nada de positivo nos clubes por onde passou. A resposta está sendo dada em campo.

Ceifando a desconfiança (Imagem: Nelson Perez / Fluminense FC)
Voluntarioso, o Ceifador sai da área para auxiliar na criação de jogadas. Realiza o pivô e associa-se aos meias. Com a bola no pé, está longe de ser um bonde. A caneta dada no marcador do Criciúma e o toque de calcanhar no primeiro gol contra o Vasco mostram que Dourado está com a confiança em alta e tem muito a contribuir no renovado time. Para coroar as boas atuações, foi às redes e aliviou a irracional pressão em torno de seu nome.

Por fim, é preciso falar sobre a importância dos laterais na proposta de jogo. Na maior parte do tempo, ficam bem abertos para gerar amplitude no campo rival. Em alguns momentos, entretanto, afunilam para criar novas linhas de passe e deixam os flancos para os pontas. Essa ação foi vista na chance desperdiçada por Lucas no Engenhão, quando Scarpa fez a jogada pela extrema direita e o lateral apareceu por dentro para finalizar.

Vale reafirmar que o Criciúma é da segunda divisão e o Vasco é um arremedo de time. Maiores empolgações precisam ser evitadas, pois Abelão ainda está em seu começo de trabalho e há muitos ajustes a serem feitos, em especial no sistema defensivo.

Não podemos, no entanto, deixar de comemorar a boa partida na Copa da Primeira Liga e a excelente performance no Carioca, baseadas nos pilares analisados no texto. É diante de adversários inferiores que se mostra organização ao dominá-los de forma flagrante, como o Fluminense fez no segundo tempo contra os catarinenses e a partir dos 20 minutos no clássico.

Autor: Unknown

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