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Foto tirada antes do início do duelo entre Flu e Bangu. (Arquivo pessoal/Núbia Alves) |
Boa noite, torcida
tricolor! Bom, meu nome é Núbia, sou goianiense, estudante de jornalismo e
estou de visita no Rio de Janeiro. Como amante do futebol, não poderia passar
por aqui sem conhecer o Maracanã, palco de tantos jogos e times inesquecíveis,
casa de um dos maiores times brasileiros e tetracampeão, o Fluminense. O jogo
foi contra o Bangu, no último domingo, e tenho algumas considerações a serem
feitas.
Talvez seja por eu
nunca ter saído do meu estado e do meu futebol, mas me impressionei bastante no
quesito torcida. Uma torcida empolgada, vinda de uma goleada no jogo anterior,
cantando do começo ao fim do jogo, empurrando o time em todas as horas,
inclusive (e principalmente) quando levaram o empate (num golaço de falta do
Almir, diga-se de passagem). Eles não se calaram. Cerca de 15 mil torcedores
presentes e que fizeram um barulho do caramba, tudo bem que a acústica do
Maraca é sensacional, mas ô povo bão pra fazer barulho.
Porém, o que mais me
impressionou nem foi o fato da cantoria ao longo do jogo, já que na maioria das
torcidas que se preze, isso acontece. O que me impressionou foram os gritos de
incentivo aos jogadores antes de começar a partida. Na capital mais bela desse
país, minha Goiânia, isso não existe há tempos (é que os times, nos últimos
anos, são bem feios mesmo).
O nome de cada um dos
jogadores do Fluminense ecoou Maracanã à dentro como forma de apoio ao time,
mas um, em especial, chamou todos os torcedores presentes à cantarem: Fred.
Quem está de fora, como eu, e acompanha as notícias de outros times só por
redes sociais, não tem dimensão do amor da torcida tricolor ao artilheiro do
Brasileirão 2014. Como rata de twitter, pensava que os torcedores eram
corneteiros assíduos do atacante. Me enganei. Na hora de entoar seu nome,
veteranos, idosos, crianças, adolescentes, cadeirantes, papagaios e cachorros
levantaram de suas cadeiras (confesso que estranhei as cadeiras) pra cantar o
tão famoso “o Fred vai te pegar” e ó, arrepia, viu?!
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Núbia, na saída do jogo. Vitória tricolor por 2x1. (Arquivo pessoal/Núbia Alves) |
Outro ponto a ser observado da torcida tricolor, foi a quantidade de crianças no estádio. Sou suspeita para falar, porque amo (amo mesmo) crianças envolvidas nessa paixão nacional, minha vontade é abraçar e apertar cada uma delas. Mas voltando à quantidade, o que eu vi de crianças uniformizadas, torcendo e conscientes do que estava acontecendo não foi brincadeira. E quando eu digo conscientes, é daquelas que já entendem uma paixão, que não é só mais a mãe e o pai as forçando a estarem ali. Me encantei e me apaixonei. Confesso que, se fossem do meu time, eu estaria que nem aquelas primas bobonas até agora. Parabéns aos pais ou a qualquer outra pessoa que tenha incentivado os pequenos a frequentarem estádio e amarem um time.
Encerrando uma parte
das minhas impressões sobre o espetáculo, que estádio magnífico é o Maracanã.
Para mim, que sou goiana e bairrista, não tem estádio mais histórico e
emblemático que o gigante de cimento Serra Dourada, mas para os cariocas, ver
um maraca lindo daquele jeito deve dar um orgulho danado e o olho chega a suar.
Só estranhei o negócio das cadeiras, é maravilhoso o conforto que elas
proporcionam, mas na hora de comemorar os gols, notei que nem tem como você
interagir com os parceiros de paixão por conta das benditas cadeiras. Sou
acostumada com o cimentão batido e uma espécie de liberdade na hora das
comemorações, saio abraçando e gritando com todo mundo, inclusive os que estão
nos degraus de baixo e de cima de mim. Enfim, cada estádio e torcida com suas
características.
E, se vocês ficaram
curiosos (eu sei que não) para saber o time que torço, aí vai: sou Vila Nova
Futebol Clube, sou de coração, corpo e alma vermelhos. Desde que nasci, criada
nas arquibancadas do Serra Dourada e do Onésio Brasileiro Alvarenga.
Fica aqui o meu
desejo de ótimos campeonatos e temporada ao Fluminense, que os tricolores
possam sair felizes do Maracanã e que levem, cada vez mais, crianças ao estádio.
Perpetuem essa paixão, perpetuem o Flu. Abraço e saudações Vilanovenses!
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