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» » » » Pela primeira vez na minha vida, fui assaltado; a arma foi um apito
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Créditos da imagem: GloboEsporte.com

Você, caro leitor, tricolor ou não, tem duas opções: Ler até o fim e entender que isso aqui não se trata de "choro de perdedor", ou então, fechar o link e se negar a ler a realidade. Hoje, cinco de abril de dois mil e quinze, o Fluminense Football Club foi ROUBADO no Maracanã. Roubado. Sem tirar e nem colocar mais nenhuma palavra. Roubado. 

Como dito no título, pela primeira vez em toda a minha vida, fui assaltado. Sentimento de perda imenso, de se sentir um inútil por não poder fazer nada, se sentir impotente. Deixei a minha residência cedo, visando achar ingresso para o setor sul, lado da torcida do Flu. Paguei sessenta reais nele. Doeu no bolso, no orçamento, mas eu abri um sorriso por saber que a minha parte, eu fiz. Estava animado, passei a semana dizendo que a vitória seria do Fluminense. Acreditava friamente nisso. Esqueci de um detalhe crucial: estamos no Campeonato Carioca, torneio da FFERJ. Não demorou muito tempo pra perceber que me iludi de maneira ridícula.

Isento os jogadores da derrota no clássico. Jogar o Campeonato Carioca brigado com a federação, é como passar no Centro do Rio, domingo, às 22h, com relógio de ouro e tênis de marca. Você pode até ser ignorado de vez em quando, mas é certo que será roubado. E assim, eu e mais dez mil tricolores, fomos assaltados no Maracanã. De forma descarada mesmo, como a vez da senhora dando entrevista para a TV e tendo o cordão puxado por um meliante que passava. Seria cômico, se não fosse uma tragédia. Um absurdo. 

Disse que tiro a culpa dos jogadores porque eles só puderam apresentar algo por trinta minutos. Foi o tempo do árbitro expulsar Fred de maneira escandalosa e criminosa. Em trinta minutos, não foi só o nosso time que não produziu. Do outro lado, nada também, além de um chute muito bem dado, com colaboração do nosso goleiro, mal colocado e sem tempo de bola. Sim, amigo, era Fla-Flu. Justamente por isso, toda a dificuldade em se fazer algo de diferente. O nível hoje, é muito igual, muito equilibrado. Poderia ser 1x0 para o rival, aquele chute foi o diferencial no primeiro tempo. SÓ ISSO. Da expulsão em diante, o torcedor tem todo direito de criticar a atuação, mas soa como injusto, já que bastaram trinta minutos para a arbitragem destruir o Fluminense psicologicamente, taticamente e tecnicamente. 

Essa é para a federação colocar em um quadro. Roubo do século XXI.

Detesto falar de arbitragem, porque penso que uma equipe não pode simplesmente se garantir em algo que não foi validado, seja isso correto ou não. Só que no estadual desse ano, a coisa é tão inescrupulosa, que uma pessoa que não suporta falar de arbitragem, reclamar dela, se sente totalmente abismado com o nível de mau caratismo de quem apita os jogos. Acho que um bêbado, tonto e vendo duas pessoas em uma, não seria tão sujo e ridículo como foi Wágner do Nascimento Magalhães (gravem bem esse nome). Discussão na área, Fred e Pará. Cartão amarelo só no camisa 9 tricolor. Mais à frente no jogo, um lance na entrada da área rubro-negra, o centro-avante ganha a dividida, sofre falta e pasmem, LEVA O SEGUNDO AMARELO E É EXPULSO POR SIMULAÇÃO. Não foi pouca falta, não foi lance duvidoso, FOI FALTA PRA CACETE!

Após isso, restava ao Fluminense terminar a partida da maneira menos humilhante que pudesse. Terminou com 3x0 nas costas, mas na conta da federação. Não sei se deveríamos escalar time reserva na quarta e após uma eliminação, ir aos microfones dar graças a Deus por acabar o tormento e a perseguição nesse torneio ridículo, ou se deveríamos entrar em campo, classificar e ganhar esse estadual na marra, dando uma volta olímpica em respeito ao torcedor, para depois destinar o troféu a São Januário, ao senhor Eurico Miranda. Seria até um gesto de caridade, já que a sala de troféus do nosso ex-rival anda com teia de aranha por falta de atualização de conquistas. Sou a favor das duas opções. O que não pode, é o Fluminense voltar a disputar algo comandado por essa quadrilha que comanda a FFERJ. Seria fazer o torcedor de palhaço, pois ninguém está disposto a gastar sessenta reais de novo para ver um escândalo daquele no Maracanã, em um clássico lendário que é o Fla-Flu, ou qualquer outro jogo.

O futebol brasileiro chegou ao fundo do poço, mas só vão perceber e querer fazer algo quando a tampa fechar. 

Peço desculpa pelas palavras mais exaltadas, mas se você conseguiu assistir o clássico depois daquela expulsão, esse texto você tira de letra. 

Descanse em paz, futebol carioca.
Saudações tricolores. 

Autor: Clayton Mello

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