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» » » » » » Uma vitória que exclama: Vinicius tem que ser titular!
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Edson corre atrás de Vinicius, autor do único gol do Fluminense na partida, durante a comemoração (Foto: Nelson Perez/ Divulgação Fluminense FC)

Não entendi bem como pretendiam fazer a tal festa de luzes nas arquibancadas do Maracanã, mas fato é que a torcida tricolor bateu ponto no Maracanã e recepcionou o time com doses elevadas de paixão, como é de costume. A chuva de pó de arroz e flashes de celular funcionando como lanternas fez as honras da casa e decerto deixou os briosos torcedores do Joinville embasbacados, desejosos de torcer para o único Tricolor, e não para um genérico de três cores.

Levei para o Maracanã as incertezas, extensivas a muitos torcedores, sobre a necessidade de escalar 3 volantes contra um adversário tecnicamente inferior e com o mando a nosso favor. A ideia de dar uma couraça defensiva à equipe e se precaver de contra-ataques (o que faltou contra a Chapecoense ano passado) funcionou bem, visto que o Joinville não deu um único chute a gol e Cavalieri foi mero espectador do jogo. No entanto, a criação do time ficou a cargo de Jean e Gerson, e nenhum dos dois parece no momento habilitado para ser o comandante do meio de campo.

Em tese, a proposta de Drubscky para o 1º tempo, inédita, foi posicionar Jean pela esquerda e Kenedy pela direita, com Gerson centralizado. Mas na prática o que se viu durante boa parte da etapa inicial foi um Fluminense despovoado em sua intermediária ofensiva, com Gerson caindo pelos dois lados e se escondendo atrás da marcação (vide foto abaixo), quase sempre distante de onde o jogo transcorria. Vai ficando a cada jogo mais nítido que Gerson ainda é um diamante cujo processo de lapidação ainda não terminou. Não há nada de errado com o jogador, que demonstra inegável intimidade com a pelota, mas sim em quem deposita num garoto de 17 anos a responsabilidade de comandar a criação do Fluminense. Não é todo dia que brota um Pelé ou mesmo um Neymar com idade de adolescente e força mental de cachorro velho. O que me preocupa é ver um jogador tarimbado como Jean ficar a cada dia mais burocrático e se acostumando a atuações nota 6.

Posicionamento de Gerson, aberto na esquerda, e por trás da marcação, não permite opção de criação de jogadas na intermediária ofensiva do Flu. (Imagem: Sportv/ transmissão)

De qualquer maneira, até a expulsão de Naldo, o time do Fluminense  encontrava espaços e envolvia os catarinas. Com 7 minutos de partida, já havia contabilizado 3 oportunidades de gol. Sem brilho, mas organizado, o escrete tricolor não havia cometido nenhuma falta até os 35 minutos de jogo. A expulsão porém, puxou todo o time do Joinville para trás e foi aí que a falta de um “enganche” se fez notar com mais nitidez. À falta de quem se apresentasse para o jogo na faixa central de campo, o time começou a jogar um futebol-caranguejo, andando de lado. Era volante tocando pro lateral direito que, marcado, voltava pro volante que, por sua vez, pra não repetir a jogada, abria para o lateral esquerdo que, também marcado, recuava de volta para o volante. Na falta de profundidade, o Fluminense ia invertendo o jogo de um lado para o outro, avançando jardas, até decretar que era hora de levantar a fatídica bola alta para o Fred. Fiquei sem entender por que com um a mais, Drubscky esperou o intervalo para sacar um volante e colocar um meia.

E quando se esperava que o técnico tricolor fosse entrar com Vinicius ou Wagner, opções bastante testadas ao longo dos últimos dias na criação de jogadas, ele resolve colocar justamente Robert, a opção menos experimentada entre todas, e não houve, portanto, surpresa alguma em ver o meia-atacante formado em Xerém demonstrando evidente falta de ritmo de jogo, a ponto de irritar a torcida e arrancar vaias. Gerson seguia tímido e burocrático, dando seguimento às jogadas com passes laterais e acabou dando lugar a Wagner que, de tão fincado à beira do campo, vai se firmando como opção para a lateral esquerda. Não por acaso, em sua terceira substituição, Drubscky resolveu sacar Giovanni e deixar Wagner por ali mesmo, como dublê de meia aberto e lateral, já que o lateral direito do Joinville pouco incomodava.

A entrada de Vinicius veio tardia, mas ainda a tempo de salvar uma partida que caminhava para um empate frustrante. Logo de início uma tabela com Jean pelo centro da área que terminou num chute prensado. O Fluminense começou tardiamente uma sequência de chutes à distância. Primeiramente com Edson, em arremate que explodiu na trave. Em seguida com Robert, em chute torto visando o canto esquerdo do goleiro, passando longe da meta. Na terceira tentativa de chute a gol, é preciso dar um crédito a Robert (vide imagem abaixo): em jogada iniciada por Marlon, Robert dispara na diagonal e atrai a marcação de Dankler, que havia acabado de entrar, deixando um clarão na intermediária para que Vinicius fosse acionado e encontrasse espaço livre para um chute frontal à meta de Oliveira: gol do Fluminense! Alívio e êxtase no Maracanã. Na arquibancada, este cronista se abraçava ajoelhado ao colega de FluLink, Eduardo Kabessa. O Fluminense venceu assim a primeira de suas 38 finais de campeonato brasileiro: sob o signo do verde da esperança, presente em sua nova camisa.

Robert arranca em diagonal, atraindo a marcação de Dankler, e abre espaço pelo centro do campo para Vinicius arrancar e fazer o gol tricolor (Imagem: Sportv/ transmissão)


Ter acompanhado este jogo ao lado da família Bate-Papo Tricolor não poderia terminar com um enredo triste. Meu grande e sincero abraço à turma que ajuda a fazer meu cotidiano mais alegre!

TIRO LIVRE:

- Vinicius está longe de ser o Conca, mas no atual elenco é quem mais se aproxima de fazer a função exercida pelo argentino. Não pode ser reserva desse time. É preciso encontrar um lugar para ele na equipe e não digo isso baseado apenas na atuação deste sábado. É pelo conjunto das suas atuações. É o único que dá volume de jogo pela faixa central e sabe girar a bola em velocidade para que os laterais cheguem à linha de fundo em vantagem sobre seus marcadores.

- Quase 22 mil presentes, apesar do horário ruim, da operação de venda de ingressos tardia e os problemas operacionais com o novo portal de sócio. Além disso, o preço mínimo de 40 reais para os ingressos, estabelecido pelo regulamento do campeonato, foi uma intervenção esdrúxula, à moda FERJ. Ingressos a preços populares, na faixa de 20 reais, também teriam ajudado a colocar mais gente.

- O lançamento do terceiro uniforme tricolor apresenta evidências de ter sido um retumbante sucesso. A julgar pelo evento que paralisou o shopping, as 300 unidades vendidas somente naquela noite, a quantidade de gente postando fotos nas redes sociais com a nova camisa, e a quantidade de camisas verdes que vi circulando ontem pelo Maracanã, a estratégia adotada parece ter sido muito bem-sucedida. Fez-se muita espuma em torno do slogan, mas parece que ele em nada afetou a receptividade da torcida em relação à nova camisa. Vencer, ganhar ou triunfar é nossa meta desde 1902.

- Jornada pouco inspirada dos 2 laterais. As vaias a Giovanni soaram estranhas quando no mesmo jogo Wellington Silva furou chute, cruzou por trás gol e perdeu excelente chance de gol. Às vezes não consigo compreender o critério utilizado para se escolher o alvo da vaia, expediente do qual já não sou muito fã, especialmente durante o jogo. 

- Ah, Magno Alves! Não estou bem certo que vem pra ser reserva.


 Por Bruno Leonardo

Autor: Bruno Leonardo

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2 comentários

  1. Excelente análise! Exatamente o que penso em relação a Jean, Gerson, Vinícius, vaias... Sigo o Gustavo da Flupree no Twitter e vejo suas colocações por lá, sempre mais sensatas. Parabéns!

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  2. Amigo, esse negócio Vencer ou Ganhar, Vencer ou Vencer e coisa da nossa oposição fraca q nós temos, torcedor de arquibancada e torcedor de tv não está nem ai para isso, os números não mentem rs

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