Select Menu

Gif Flulink



Slider

Travel

Performance

Cute

My Place

Mercado Tricolor

Racing

» » » » » » No talento? Na raça? De todo jeito é normal
«
Next
Postagem mais recente
»
Previous
Postagem mais antiga

Fred engraxa a chuteira de Gerson na comemoração do terceiro gol tricolor (Reprodução Sportv)


Campeonato brasileiro é um negócio interessante, né?

Em pouco tempo a realidade começa a dar as caras e o time que alugou a federação do Rio de Janeiro já ocupa a zona de rebaixamento. Tudo bem que a gente já previa que o time do mafioso do charuto fosse se dar mal, mas não com essa pressa e esse apetite. O mais bacana é ver o Flamengo, beneficiado de recentes carnavais, lhe fazer companhia logo abaixo com um mísero ponto. Sem os pênaltis providenciais e árbitros adicionais de linha cegos, fica difícil arrumar alguma coisa no brasileirão.

Até que Sandro Meira Ricci se esforçou para matar nossas saudades das arbitragens mequetrefes da FERJ.  Vamos falar alguma verdades? Primeiro: vencemos com merecimento. Segundo: não houve pênalti no Vinicius. Terceiro: a expulsão do Giovanni foi das coisas mais toscas que eu já vi na vida. Se algum flamenguista te amolar, caro leitor, com o lance do pênalti, utilize o jargão da imprensa rubro-negra: diga que foi um lance “polêmico”, o adjetivo que dignifica as lambanças da arbitragem. Ou repita a máxima do Alecsandro: “o choro é livre”. E argumente que não fosse a expulsão inventada do Giovanni e a saída do Gerson, poderiam ter levado um sacode.

Voltando ao Ricci, o que  me deixa encafifado é saber como um cara desses se tornou árbitro FIFA. Bom, também é verdade que hoje em dia o selo FIFA de qualidade depõe mais contra do que a favor. Ih, por falar em depor....

Fred, sabedor de que pênalti se bate e não se discute, bateu com a categoria de sempre, e abriu o placar de forma precoce. E talvez com isso tenha precipitado a estratégia de jogo de Enderson, de fazer o Fluminense recuar e explorar os contra-ataques. De certa maneira foi interessante a proposta de dar a posse de bola para um adversário que não sabe o que fazer com a mesma. Armado com Everton, Paulinho e Arthur Maia, o Flamengo ocupou nossa intermediária, impôs 71% de posse de bola, mas não conseguia se infiltrar em nossa área. Apelou para uma profusão de chuveirinhos. A aposta excessiva nas bolas altas, apesar de modorrenta, deu efeito: tomamos dois gols dessa forma.

O que eu pedia na partida contra o Corinthians, uma melhor sincronia entre Gerson e Renato, aconteceu. A joia de Xerém soube esperar a ultrapassagem de Renato no lance do segundo gol, soltando a bola na hora exata. Gerson já havia participado no gol anterior, alçando bola na direção de Vinicius. E no lance do terceiro gol, soube com maestria travar a jogada e deixar Armerdo passar batido.  De cabeça erguida, viu Fred livre e tocou para o capitão para cravar o terceiro prego no caixão rubro-negro.  Por falar nisso, alguém reparou que Luiz Chato Júnior estava louco para narrar o Armeration? Dessa vez, em vez de conduzir o baile, foi Armero que foi chamado para dançar.

É bem verdade que Armero também pôs Gum para dançar, no primeiro gol rubro-negro. Um lance em que Renato saiu timidamente para marcar a saída de bola do Flamengo e Jean saiu para dar o bote errado em Armero, obrigando Gum a sair da área para cobrir o lado direito e perder feio na corrida para o lateral colombiano. Na sequência, Giovanni foi obrigado a fazer a diagonal de cobertura e disputar a bola pelo alto com Alecsandro. Um lance que em muito lembra o gol de Pato que levamos naquele 5x2 contra o São Paulo ano passado. Mas naquele lance quem fez a cobertura no centro da área foi Carlinhos.

Do time que passou vergonha contra o Atlético-MG para o de hoje, há uma evolução defensiva, apesar dos erros citados. Parte dessa evolução passa por Enderson. O Fluminense hoje tem consciência que ao propor o jogo, expõe sua fragilidade defensiva e deixa sua lenta zaga em apuros. O time não demonstra pudor de deixar o adversário propor o jogo e se posicionar quase todo atrás da linha da bola. Mas não há como falar dessa evolução defensiva sem falar de comprometimento também, que ficou mais nítido quando  passamos a jogar com menos um.  O termômetro disso foi ver o outrora desinteressado Wagner brigando por cada bola, voltando à área para interceptar cruzamento, tentando prender bola para cavar falta na frente, voltando à velha intensidade que o fez se destacar em 2014. Outro sintoma disso foi a solidariedade de Jean a Renato pelo lado direito, especialmente no segundo tempo, fundamental para que Armero não conseguisse partir para a jogada individual contra o lateral tricolor. Fred, não raro, foi visto na área ajudando a cortar a artilharia aérea do Flamengo.

É absolutamente cedo para falar da volta do Time de Guerreiros. O que se pode falar é em mudança de postura. Não convém alimentar nenhuma euforia por conta de uma vitória cheia de sofrimento em cima de um Flamengo fragilizado. Não convém tecer prognósticos com um elenco que tem a oscilação como marca. Mas temos subsídios para acreditar em dias melhores. Temos pela frente dois jogos em casa. Quinta à tarde contra o Coritiba, em um feriado de Corpus Christi, e domingo contra o Sport. É hora de fazermos a nossa parte, de lotarmos e incentivarmos. Mas sem cair na esparrela que existe jogo ganho de véspera no Brasileirão.

Por fim, é preciso parabenizar os que foram ao Maracanã empurrar o Tricolor. Foram poucos, mas foram valentes pra dedéu. Não me saía da cabeça a comparação com os 300 guerreiros de Esparta. Havia bem mais do que 300 tricolores, é claro, mas a valentia para a abafar a  massa rubro-negra foi digna de nota.

TIRO LIVRE:

- Que fuga espetacular, hein Del Nero?

- No intervalo de jogo, Rodrigo Caetano e Bandeira de Mello foram xingar e pressionar Meira Ricci. A tática canhestra, a la Eurico Miranda, funcionou. Ricci nem esperou uma boa oportunidade pra compensar o pênalti. Expulsou Giovanni num lance que talvez nem falta tenha sido. Depois a cartolagem rubro-negra vem à mídia posar de moderna e arejada.

- Cristóvão já chegou nos dando alegria. E não nos decepcionou nas substituições. No intervalo tira um meia (Arthur Maia) e coloca um atacante (Cirino). O poder de criação do Flamengo ficou ainda mais reduzido. Terminou o jogo com 4 atacantes: Alecsandro, Cirino, Gabriel e Eduardo Silva. E ninguém pra fazer a bola chegar lá. Jênio.

- Fred alcança a marca de maior artilheiro da era dos pontos corridos e do Novo Maracanã.  Tem pelo Fluminense cerca de 15 gols a menos que Guerrero em toda a carreira. Mas deixa que a Flapress encontra um jeito de igualá-los. Para quem já transformou Brocador em craque, fazer o mesmo com o Guerrero será moleza.


Por Bruno Leonardo





Autor: Bruno Leonardo

«
Next
Postagem mais recente
»
Previous
Postagem mais antiga

Nenhum comentário

Deixe um comentário