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Montagem feita pelo Fluminense Fans |
Para falar do Fluminense no dia de hoje, 21 de julho de 2015, fecho os meus olhos. Lembro de minha primeira memória como torcedor tricolor. Aos oito anos, vi Romário fazer o Maracanã tremer na semifinal do Brasileiro de 2002. Um time pouco badalado, sem favoritismo contra o Corinthians, mas um time com uma torcida apaixonada. Não lembro bem da partida, só lembro perfeitamente do gol do baixinho e da explosão no Mário Filho com aquela vitória na partida de ida. Ali eu aprendi e senti o que era ter amor ao tricolor. Uma criança, de família toda cruzmaltina, que debandou para o lado feliz da vida (sozinho, diga-se). Saiu correndo pelo quintal de casa gritando gol, porque sentiu a emoção, como muitos outros sentiram naquele momento. Era a minha primeira emoção, a primeira prova de que o Fluminense não seria apenas entretenimento na minha vida. Era o primeiro passo de um relacionamento que exclusivamente, tenho certeza da eternidade.
Para falar do Fluminense no dia de hoje, olho para o vazio. Desse vazio, lembro dos momentos em que tive que superar a dor de uma derrota de pequeno ou grande porte. Algumas foram difíceis de digerir. Só que como diz o ditado: depois da tempestade, vem a bonança. No meu caso e acredito que no seu também, a bonança é de amor. É com amor que levantamos a cabeça e tiramos do fundo do peito e da alma, força para seguir em frente e dar novamente as mãos ao nosso clube de coração em todas as missões que ele enfrentar. É nosso dever acompanhá-lo. Afinal de contas, quando entramos em um relacionamento, estamos sujeitos e de acordo com a lei da vida de que nada é perfeito, tudo tem seu preço. O preço em amar um clube de futebol, é ser o escudo protetor dele.
Para falar do Fluminense no dia de hoje, olho para um tricolor de mais idade que eu e vejo seu orgulho e emoção expressado na face ao ler, ouvir ou assistir qualquer coisa que envolva o casal 20. Foi a década mais rica de conquistas para o torcedor. Essa riqueza fica estampada na gratidão que existe a Assis, Romerito, Washington... Não são só ídolos. São patrimônios do Fluminense Football Club, assim como tantos outros.
Para falar do Fluminense no dia de hoje, é necessário que eu retome o que foi dito no primeiro parágrafo, sobre a primeira emoção. Depois daquela, vieram outras. Todas suficientemente satisfatórias para justificar porque tanto amor e devoção a um time. Pioneiro, fatalmente de alma brasileira. Alma de quem sofre, mas não desiste, alma de quem se supera, alma de quem é guerreiro por natureza. Está no sangue. Está na essência. É a melhor definição para falar do Fluminense.
Para falar do Fluminense no dia de hoje, precisaria relembrar muita coisa que existe em nossa história e que está guardada nas memórias de pessoas mais velhas ou nos acervos que o clube possui. História. Essa palavra que os ignorantes insistem em dizer que não temos. Provavelmente porque se negam a aceitar que fizemos o futebol no Rio. Ou precisamos mesmo lembrar que só nós temos a nomenclatura Football no nome? Para alcançar o nosso clube em tradição e história, vão precisar e muito de suas forças originais, a regata. Remem.
Para falar do Fluminense no dia de hoje, digo que sou tricolor de coração. Que sou do clube tantas vezes campeão. Que fascina pela sua disciplina, que o Fluminense me domina. Que eu tenho amor ao tricolor.
Para falar do Fluminense no dia de hoje, agradeço ao homem que teve a melhor ideia em todo o planeta: Oscar Cox. Não fosse ele, esse amontoado de letras não estaria aqui neste momento. Não fosse ele, seríamos tão vazios quanto o argumento de quem julga quantidade mais importante que qualidade. A Cox, toda gratidão que possa existir nessa atmosfera e fora dela.
Para falar do Fluminense, digo que amor igual não se viu. Nem nunca verão.
Parabéns, Fluminense Football Club.
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