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Fred e Cícero comemoram abraçados o gol que determinou a vitória tricolor (Foto: Bruno Haddad/ Divulgação FFC)

Queridos, o Fluminense voltou a vencer neste domingo e terminou sua participação no 1º turno retornando ao cobiçado G4.

Incrível como a camisa do Figueirense não enverga varal diante do Fluminense. Nos últimos doze confrontos foram 8 vitórias tricolores e 4 empates. A última vitória dos figueiras ocorreu há 9 anos atrás.

O que torna incompreensível nossa dificuldade em vencer outra equipe do mesmo estado, e da mesma estatura: a Chapecoense. O histórico dos confrontos contra o Tricolor assinala 3 partidas e 3 vitórias para os alviverdes do oeste catarinense. Coisas do futebol.

Foi reconfortante voltar a ver o Fluminense controlando um jogo e sabendo reter a bola na frente. Já estava cansado de ver a bola bater lá na frente e voltar. Controlamos o jogo, fizemos o passe fluir e a rigor não tivemos nossa meta ameaçada em nenhum momento sequer. Kléver quase não trabalhou e teve tempo de avançar umas 20 fases de Candy Crush durante o jogo.

O toque de drama veio apenas no lapso de Marlon, ao tocar a bola com a ponta dos dedos e dar de graça um pênalti aos catarinas. No entanto, o restante de sua atuação foi tão convincente que acabou por encobrir seu erro. A suspensão de Henrique e a expulsão de Antônio Carlos na partida anterior acabaram acertando por vias tortas a escalação da defesa tricolor. Marlon forma ao lado de Gum nossa melhor dupla de zaga.

Dessa vez o passe fluiu por conta de 3 peças principais: Jean, Cícero e Fred. Jean esteve formidável, não apenas dando boa saída de bola, mas por vezes municiando os companheiros com autêntica visão de meio-campista. Além disso roubou bolas, antecipou-se e cortou passes, ocupou diferentes espaços do campo. Cícero, mesmo jogando na meia-direita, exerce um posicionamento diferente de Gerson. Em vez de se fixar na ponta-direita, como a joia de Xerém, partiu mais de trás, colaborando na circulação da bola e enxergando a movimentação das peças de frente. Foi assim que saiu o primoroso lançamento para o gol de Fred. Além disso, demonstrou sua capacidade de aparecer na área como elemento surpreso nas bolas altas, como no lance do gol de empate. E por fim, nosso capitão. O time é outro tendo Fred como referência e sua capacidade de fazer o pivô e botar a bola no chão.

Gustavo Scarpa fez sua melhor partida na função de lateral esquerdo. Ainda lhe falta arranque para verticalizar as jogadas, deficiência que compensa bem com bom passe e capacidade para dialogar com Osvaldo, projetando-o para as jogadas de fundo. No segundo tempo, demonstrou bom entendimento com Wellington Paulista (cruzamento magnífico, por sinal) na jogada do primeiro gol. Wellington Silva demonstrou o espírito de luta costumeiro, mas ainda pouco efetivo nos cruzamentos. Tem tentado suprir a falta de um jogador mais agudo pela direita desde a saída de Kennedy. O posicionamento “mais por dentro” de Cícero abre o corredor para suas investidas individuais.

O que deixou a desejar? Basicamente a dificuldade de transformar volume de jogo em jogadas perigosas de gol. A principal razão para isso, a meu ver, reside no fato de Ronaldinho não ter sido efetivo no papel tático que lhe foi atribuído. O 4-2-3-1 de Enderson dá a Ronaldinho a incumbência de ser o criador pela faixa central, mas se converte em certos momentos num 4-4-1-1, em que Ronaldinho se põe numa linha à frente dos meias abertos para se aproximar de Fred. Quando Fred recua para fazer o pivô, troca de posição com Ronaldinho, que se converte em um “falso 9”. A vísivel falta de ritmo de jogo impediu que R10 fosse bem-sucedido nestes papéis, errando passes e se embolando com a marcação. Acrescento que também gostaria de ver Osvaldo jogando não apenas aberto na ponta, mas como autêntico atacante de lado, dando opção de passe vertical aos meias, ao se infiltrar em diagonal nas costas dos zagueiros/volantes.

No saldo geral, houve nítida evolução. Mas convém que tenhamos os pés no chão. Enfrentamos um Figueirense desfalcado, que não pôs nenhuma pressão na nossa saída de bola e não obrigou, por exemplo, o Gum a dar seus costumeiros chutões para a frente como desafogo. Um time que foi a campo com 3 volantes, nos esperou em seu campo, e favoreceu um estilo de jogo cadenciado, baseado na posse de bola. O Figueirense, foi a rigor, um adversário que exigiu pouco de nosso sistema defensivo, sem qualidade na armação e sem jogadores de velocidade que pudessem atuar nas costas de nossos laterais, como fez o Goiás contra o São Paulo em pleno Morumbi. Sabemos que nem sempre vamos enfrentar uma configuração de jogo tão favorável.

O torcedor do Fluminense terá logo nas primeiras rodadas do returno um claro indicativo, talvez definitivo, se nossas pretensões se resumem a uma campanha digna, porém de mãos vazias, uma vaga na Libertadores, ou título. Um Joinville em ascensão fora, e depois dois concorrentes diretos ao título: Atlético-MG (C) e Corinthians (F). Somente os 9 pontos nessa sequência nos põem na rota do título, que ficou mais difícil. "Difícil" para o Fluminense, no entanto, é muito diferente de "impossível". É preciso ponderar, no entanto, as dificuldades naturais de um time que ainda está em construção, que só ganhou reforços de peso com o campeonato em andamento, e ainda busca uma identidade de jogo.

O calendário agora entra na sua fase mais sacrificante, com várias sequências de jogos no meio e no fim de semana, em função da Copa do Brasil. Quinta-feira temos um duelo contra o Paysandu no Maracanã e Enderson precisará ter muito bom senso na escalação, identificando os jogadores mais cansados e propensos a uma lesão muscular e substituindo por jogadores mais descansados. Uma goleada sobre o time paraense cairia como uma luva, dando possibilidade de mesclar o time no jogo de volta. O horário de 19h não favorece o deslocamento dos torcedores, mas vale muito o esforço para incentivar o Fluzão em outra frente de batalha. Mata-mata se disputa no campo e com arquibancada forte, coesa.

E a torcida tricolor, forte e coesa, é poesia, é força da natureza. Todos ao Maraca!

TIRO LIVRE:

- A Arena Condá, casa da Chapecoense, está se filiando ao SUS, dada a presteza com que todos são operados por lá. Ontem o lateral Apodi ajeitou a bola acintosamente com o braço e na sequência do lance, fez o gol. Bola no meio de campo, reinício de jogo, sem reviravoltas. Impossível não lembrar do gol invalidado do Marcos Júnior, em toque involuntário e bem mais sutil. Pensei que tal como naquela partida, a jogada de Apodi seria invalidada, com direito a elemento misterioso soprando a informação no ponto eletrônico do auxiliar. Qual nada. Com o time da casa os procedimentos são outros.

- Na dúvida, apita-se a favor do time paulista. Pênalti clamoroso não marcado contra o São Paulo no sábado, dois pênaltis não marcados para a mulambada contra o Palmeiras e gol legítimo invalidado contra o Corinthians. Como esperar lisura de um campeonato organizado por uma entidade cujo presidente precisou sair varado da Suíça para não ser preso?

- Existe alguma companhia aérea que aceita transportar carga tóxica para a Sibéria?

- Então Cícero é rejeitado pelas lideranças do Fluminense? Fred não só engraxou as chuteiras do camisa 11. De quebra, deu um lustre na falsidade de parte na nossa imprensa esportiva. Aquela mesma que gosta de dizer que torcedor vê chifre em cabeça de burro.


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Por Bruno Leonardo



Autor: Bruno Leonardo

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