Select Menu

Gif Flulink



Slider

Travel

Performance

Cute

My Place

Mercado Tricolor

Racing

«
Next
Postagem mais recente
»
Previous
Postagem mais antiga



29'/1ºT: Wellington Silva perde uma disputa na lateral esquerda para Maranhão, que chega à linha de fundo e cruza. Agachado, Túlio de Melo se antecipa a Gum, que marcava a jogada, e gol da Chapecoense.

33'/1ºT: Escanteio para a Chapecoense. O zagueiro William Thiego aguarda a cobrança dentro da área, é acompanhado por Jean, que desiste da marcação, e se projeta para cabecear. Gum chega atrasado na cobertura e gol da Chapecoense.

18'/2ºT: Rifada de bola de Wellington Silva, Gustavo Scarpa tenta o domínio da bola entre Gil e Apodi e perde a disputa. Gil avança com a pelota pelo setor direito de ataque. Neste momento, Gum está na marcação de Camilo. De repente, resolve se afastar e correr para dentro da área. Camilo recebe o passe de Gil, entre Jean e Cícero, ambos dispersos na jogada, e chuta livre na entrada da área no canto direito de Cavalieri.

Nos 3 gols adversários, contribuição efetiva de Gum. Com um toque de falha individual de seus companheiros, é claro. Um zagueiro está sempre em apuros se precisa consertar a lambança de um lateral desengonçado. Ou se não recebe proteção eficaz dos seus volantes. Mas nada disso isenta nosso valente e limitado zagueiro.

Os gols que levamos têm sido fruto de falhas individuais distribuídas entre diferentes jogadores. Gum tem sido o elemento comum em quase todos eles. Erra e depois vai tomar satisfação com seus companheiros como se não tivesse qualquer responsabilidade no gol. Considera-se um líder. É remanescente do título de 2012 e deve achar que isso lhe confere uma moral especial. Assim como Jean e sua polivalência nota 6, ou Cavalieri, que se tornou um goleiro comum.

A exceção dessa patota é Fred, que continua fazendo a diferença. Os demais se alimentam da zona de conforto que lhe oferecem. Podem errar, se omitir, ou jogar longe do limite, que estão lá, gozando de titularidade. Os erros que sacramentam a barração dos demais, como aconteceu com Edson, não valem para os cardeais de 2012.

Pelo contrário. Na coletiva pós-jogo lá estava Eduardo Baptista fazendo questão de confirmar que seus titulares continuam sendo Marlon e .....Gum. O próprio Marlon sai em defesa de seu companheiro dizendo que as vaias são imerecidas e que “sempre sobra pro Gum “. Coitado.

Há muita peninha de jogador no Fluminense, traço da nossa cultura avessa a críticas, que as considera sentenças de morte.

Só não existe peninha de você torcedor que despencou de casa, enfrentou vento frio e chuva, ruas alagadas e chegou tarde da noite em casa, enfrentando os riscos de uma cidade violenta como o Rio.

Se houve tal consideração com você que abdicou do conforto de casa para ir torcer, ela durou os 15/20 minutos iniciais de cada tempo, pois foi justamente nessa faixa do jogo em que fizemos nossos gols e imprimimos volume, movimentação, pressão na marcação . Depois vem o indefectível recuo. Não o recuo de quem arma o bote para contra-atacar, mas de quem especula com o jogo e joga conforme a necessidade. Assistimos bovinamente à Chapeconse se plantar no nosso campo e fazer a transição sem ser incomodada.

Daí os caras empatam, a defesa dá seu costumeiro apagão e em poucos minutos leva a virada, como tantas vezes já vimos neste campeonato e na semifinal da Copa do Brasil.  É preciso mudar o panorama da partida.

Entra em ação uma faceta de Eduardo Baptista que o assemelha a Cristóvão Borges. O plano A é bonito. O time mostra padrão de jogo, organização, você percebe que há um time bem treinado em campo.  O plano B, no entanto, é ruim. Baptista raramente consegue êxito quando precisa alterar o panorama da partida com substituições. Contra o Vasco, tirou Gerson, pôs Wellington Paulista e perdeu o meio. Ontem sacou Vinicius, recuou Gerson, que vinha apagado, e perdeu articulação na faixa central. Entrou com Magno Alves, jogador no qual se tivesse confiança, escalaria de início.

O Fluminense passou a forçar a jogada pelos lados e alçava bolas na área como se Fred estivesse lá. Sacam a síndrome da perna fantasma? O cara é amputado, mas continua sentindo a perna, como se ela ainda estivesse lá. O Flu com o Fred é a mesma coisa. Com Magno Alves não tem pivô, tabela, jogada forte de bola alta, nada. É o “um a menos” que Baptista tenta evitar quando escala o time sem centroavante.

Não satisfeito, Baptista sacou Jonathan, deslocou Wellington Silva para a lateral direita, e mais uma vez sacrificou seu melhor jogador de meio, Scarpa, na lateral. Em dado momento nossa linha de três meias-atacantes ficou a cargo do inoperante Osvaldo, do desinteressado Gerson e de Robert, que este colunista aqui pedia, mas não entrou bem. Não ganhamos efetividade pelo meio, perdemos a profundidade pela direita com Marcos Júnior e passamos a ter um limpador de pára-brisa (esquerda-direita, esquerda-direita) com Osvaldo.

Mantenho o pensamento de que há uma evolução no trabalho de Baptista. O Fluminense hoje é mais ofensivo e propositivo. Tenta ser o condutor e não passageiro do jogo. Mas precisa perder a faceta Cristóvão nas substituições. Precisa parar de desconstruir a própria proposta de jogo.

No mais, é feliz 2016. O ano, do ponto de vista anímico, acabou.

Esse grupo obedece a uma lógica binária. Só entende a linguagem da busca do título ou da fuga do rebaixamento. Qualquer objetivo intermediário causa bocejos e não vale o estresse de encharcar o uniforme. Buscar sexto lugar para conquistar classificação direta para as oitavas da Copa do Brasil constitui meta abstrata demais para conquistar mentes e corações desse grupo. Ainda mais com a gestão de pessoas inexistente nas Laranjeiras.

Felizmente havia um Vasco no meio do caminho. A rivalidade, turbinada nos últimos meses, funcionou mais como fonte de motivação do que a obrigação de sempre representar bem o Fluminense.

Temos o orçamento comprometido por contratações caras e regidas por contratos longos,  que abrem pouco espaço para reforços. Sempre tendo em mente que quem evitou o rebaixamento foi a mescla Xerém + medalhões da casa. O famoso scout só vingou com Giovanni e Vinicius. No mais, só despejou entulho.

Bom ânimo para os tricolores de fé. Um abraço aos que jamais irão se conformar com 17 derrotas no campeonato. É preciso resistir ao discurso vigente e conformista de que sem a Unimed está de bom tamanho não ser rebaixado. Como se o tamanho do Fluminense, sem a antiga patrocinadora, fosse este. Diga não ao apequenamento do clube. Caso contrário, a freguesia para a Chapecoense corre o risco de se prolongar. E passaremos nós a ser a zebra.

Tiro Livre:

- Boa partida do Jonathan, considerando o longo tempo de inatividade. Ainda um pouco pesado e acima do peso, mas não passou dificuldades na defesa e fez o cruzamento para o segundo gol. Foi beneficiado pelo fato do lado esquerdo do ataque da Chapecoense ser bem menos ofensivo que o direito.

- Seu companheiro de lateral, Wellington Silva, tomou uma canseira de Maranhão, enquanto atuou pela esquerda. Além do cruzamento de 3 dedos que resultou no primeiro gol catarinense, Maranhão criou outras oportunidades de gol em cima do lateral tricolor. Apesar de canhoto também, complicava quando puxava a jogada para a perna direita e obrigava Silva a usar a perna ceguinha para interceptar o drible.

- Belíssima homenagem do Fluminense antes do início da partida ao torcedor Flávio Mendes, morto em decorrência do atendimento negligente prestado a ele no Allianz Parque. Também digna de nota a lembrança do falecimento do pai do jornalista Sidney Garambone, também torcedor do Tricolor.

 Por Bruno Leonardo

Autor: Bruno Leonardo

«
Next
Postagem mais recente
»
Previous
Postagem mais antiga

Nenhum comentário

Deixe um comentário