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Imagem de GloboEsporte.com

O ano de 2015 começou em 10 de dezembro de 2014. A saída da Unimed deixava o torcedor tricolor aflito e receoso quanto o futuro do Fluminense, afinal de contas, foram 15 anos de muito dinheiro injetado e colaboração para o renascimento de nosso amado clube, que amargava desde os anos 80, a falta de um título expressivo. Sem falar na chegada ao fundo do poço, a série C, nos anos 90.

Com a parceira, foram três títulos nacionais e muitas participações em torneios internacionais, com dois vice campeonatos, o que trouxe ao Fluminense a alcunha de melhor carioca neste início de século. Muitos fizeram profecias apocalípticas, vibravam com um utópico fim de algo que nunca vai deixar de existir. Porém, o fato do Fluminense ter superado esse fim de parceria sem muitos danos não significa que o ano foi positivo, como disse o vice de futebol, Mário Bittencourt.

Por mais desprezível e desnecessário que seja o Campeonato Carioca atualmente, a forma como fomos eliminados decepcionou bastante. Queda para uma equipe ridícula de fraca como o Botafogo de 2015, que disputou a Série B, após classificação nos acréscimos diante de um Madureira, futuro rebaixado na Série C. Muitos relatam sobre final de cartas marcadas, mas na semifinal, o Flu só não despachou o adversário na primeira partida por desleixo. Na partida de volta, a mesma coisa. Começou de forma sonolenta e recuperou no decorrer do jogo, mas não fez o suficiente. Acabou eliminado nos pênaltis de forma patética.

Ainda no Carioca, o indício de um péssimo planejamento para 2015 e uma aposta tão ruim quanto a renovação do demitido Cristóvão Borges. Ricardo Drubscky chegou ao Fluminense com data pra sair. Minou sua passagem ao ser sincero e covarde demais. Caiu antes do que todos imaginavam. Era maio, quinto mês do ano e o clube já tinha seu terceiro técnico na temporada. Chegou Enderson Moreira.

Talvez o momento de paz na temporada tenha sido com a chegada do sósia do tiozinho do Posto Ipiranga. Enderson emplacou mais de dez partidas invicto, levando o Flu desacreditado e candidato a queda até a vice-liderança. O futebol dentro de campo não era brilhante, mas a entrega e boa percepção do que o técnico pedia vinha dando certo. A torcida inflamou e cegou. Esqueceu que o elenco era limitado. Para somar com isso, o erro que decretou de vez a falta de competência ao gerir uma equipe de futebol. Bittencourt enxergou na janela de transferências a chance de rechear o elenco e brigar de vez no topo da tabela. Contratou cinco e ganhou um na marra. Ironicamente, Cícero foi quem deu certo. Magno Alves, Antônio Carlos, Osvaldo, Ronaldinho e Wellington Paulista. Este é o momento em que você coloca a mão no rosto e não sabe se ri ou chora.

Ronaldinho e sua passagem apagada simbolizam a temporada do Fluminense. (Créditos da imagem: IG)

Faço aqui a mea-culpa. Achei que todas as contratações agregariam, principalmente o maior da história, na minha visão pessoal. O fato é que o vice-líder com Enderson invicto há mais de dez jogos passou a ser a pior equipe do campeonato. Derrota atrás de derrota e a pior campanha do returno. Boatos e mais boatos (falsos) de racha no elenco com a chegada de R10. A única coisa verdadeira no meio dessa história toda foi a perda de comando do técnico. Chegou ao ponto do atacante e líder do elenco, Fred, comandar o Flu diante do Coritiba fora de casa. Era quem gritava e conduzia o time naquela partida. Não demorou e a bomba estourou no colo do terceiro técnico demitido na temporada.

Nessa época, o Fluminense já estava fadado ao meio da tabela e a temporada indo para o ralo. Apostou em Eduardo Baptista, que deu esperança ao torcedor tricolor na Copa do Brasil. O time morto e sem empolgação eliminou o Grêmio fora de casa e avançou a semifinal. Antes disso, o mico da temporada. Menos de três meses depois de sua chegada, Ronaldinho rescindia com o Flu. Muito marketing e futebol zero, infelizmente. No Brasileirão, ficava claro que a equipe não queria mais nada, outro fato que torna a temporada uma lástima e contribui para o aproveitamento ruim de Eduardo no comando nessa reta final. O destino disso foi a 20ª colocação no returno do Brasileirão. 

A única coisa que restava era a Copa do Brasil. O Flu foi guerreiro. A equipe de Eduardo Baptista na Copa do Brasil sabia encarar de frente seus adversários. Equipe focada, ligada no 220, dedicada ao que o técnico pedia, mesmo limitada. Acabou eliminado pelo Palmeiras nos pênaltis após duas arbitragens desastrosas, tanto no Rio, quanto em São Paulo. 2015 terminou como todos imaginavam: sem nada. Isso não pode ser considerado positivo.

Em meio ao ano ruim, Fred provou o quanto é ídolo e importante para o Flu. (Imagem/Rede Globo)

Isso porque apenas agora está sendo citado aquele pacote de apostas horroroso no início do ano. Vinícius foi o único a vingar temporariamente. Graças ao olho grande e a cabeça fraca, se perdeu. Se podemos agradecer por algo em 2015, seria a importância de Xerém na temporada. Gustavo Scarpa, Marcos Jr, Leonardo, Douglas e Ygor Nogueira. Revelações que só reforçam o quanto nossa fábrica de jogadores é qualificada. Gérson também merece o destaque. Vendido a Roma no meio do ano, o garoto teve momentos brilhantes, como momentos apagados. A pressão da torcida em cima do jogador foi fruto da expectativa criada desde o sub-15. Tem bola. Assim como precisa de um pouco mais de foco. Que tenha sucesso, pois o Flu agradece no futuro.

Quatro técnicos, onze contratações inúteis e nenhum título. Não foi positivo. Quem acha isso, perdeu ou nunca soube do que é feito um time grande. Quem disse isso, deveria deixar o comando do futebol. Como não vai, que haja luz em suas escolhas para o Fluminense daqui pra frente. A torcida vai cobrar. Também vai votar no final de 2016. Recado dado.

Saudações tricolores.

Autor: Clayton Mello

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