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» » » » » A vitória que surpreendeu os cúmplices do 7x1
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Eduardo Baptista comemora efusivamente ao lado de seus comandados. (Imagem: Nelson Perez/Fluminense F.C)
  
''Vibrei no gol do Scarpa porque eu tinha previsto aquela jogada. Falei na terça com o Scarpa e com o Marcos Junior sobre isso. Aquele espaço se desenhou nos jogos do Cruzeiro contra Tombense e Tupi. Sabia que ali era uma chance boa para nós. Quando ele veio comemorar na minha direção, não deu para segurar. Também sou humano e qualquer um extrapola às vezes.''

Essas foram as palavras de Eduardo Baptista na coletiva de imprensa após a vitória gigante do Fluminense sobre o Cruzeiro no Mineirão. Quem para muitos não tem capacidade de estar no comando técnico tricolor, mostrou, enfim, seu cartão de visitas. Na hora certa.

Eduardo trabalha duro. Chegou em 2015 com o time ladeira abaixo no Brasileirão e sem mais nada a almejar no torneio. Tinha só a Copa do Brasil, que essa mesma torcida que hoje pede sua demissão, berrava necessidade de largar o torneio mata-mata para evitar uma tragédia no Campeonato Brasileiro. Mesmo contra um time superior no momento, o Fluminense avançou fazendo outra partida gigante. Caiu na semifinal após jogar melhor que o adversário e ser prejudicado em ambos os jogos pela arbitragem. A temporada acabou ali e todo mundo sabe disso, mas utiliza-se o restante das partidas sem objetivo como argumento para desqualificar o comandante tricolor. É o que resta a eles.

Em 2016, completamos um mês de temporada. Essa que começa marcada pela forte campanha de boicote ao patético Campeonato Carioca. Ironicamente ao meu ver, com UMA rodada de um torneio que segundo a própria torcida deveria ser boicotado, os pedidos exagerados e totalmente precoces de demissão de Eduardo Baptista. Pra quem quer boicotar o campeonato, até que estão dando muita importância a ponto de querer trocar de técnico.

O time utiliza o torneio estadual para corrigir os erros e testar suas qualidades para o que realmente interessa esse ano: Primeira Liga, Copa do Brasil e Brasileirão. O que temos visível? Um time que possui boa capacidade ofensiva, apesar de muito refém da bola aérea, o que particularmente me irrita, pois não é só o Fred que joga no time. Quando coloca a bola no chão, como colocou ontem, a superioridade é notória. É isso que Eduardo quer e pede aos seus jogadores. Os duelos contra Tigres e Cruzeiro ficaram marcados por conta dessa intensa troca de passes, mas que por vezes, principalmente no domingo, era desperdiçado por algum afobado tentando cruzar na ponta. Para quem tenta enxergar futebol de maneira saudável, percebe que existe sim evolução no Fluminense no que diz respeito ao setor ofensivo e que a chave é o domínio da posse, pois os jogadores que a conduzem possuem qualidade suficiente para decidir.

Nada é perfeito e também existe o ponto fraco dessa equipe até aqui. A zaga, muito bem reforçada, segue dando dor de cabeça. Mude o que mudar, o nível segue preocupante. Porém, ontem foi visível que os erros partiram de Henrique, jogador que ficou meses sem sequer ser relacionado na Itália. No segundo e no terceiro gol, a nítida falta de tempo certo no combate foram cruciais para as conclusões efetivas do Cruzeiro. Eduardo, neste quesito, precisa de muita conversa e trabalho.

Voltando ao tema das ironias. O "incapacitado" Eduardo Baptista, como mostrei na citação no início do texto, estudou o adversário de ontem. Colocou o Fluminense para jogar com a posse fora de casa, achar espaço nas linhas do Cruzeiro. Foi 4x3, mas poderia ter sido mais, pois o time estava muito bem postado do meio para frente. Treinou a jogada do terceiro gol. No segundo, até a bola chegar em Diego Souza pronto para finalizar, passou por intensa troca de passes. Mais interessante que isso: o Cruzeiro não tocou na bola. Jogada limpa, treinada, estruturada. É, realmente. O técnico é muito fraco para o Fluminense. 

Tão fraco quanto Cavalieri, quando chegou em 2011 e foi titular depois de dois anos parado, cometeu falhas e para o torcedor, não prestava. Esse exemplo eu dou para Henrique. Deixem jogar e adaptar. Tão fraco quanto Abel Braga, quando praticamente eliminado da Taça Guanabara em 2012, teve que lidar com pedidos de demissão dentro do clube e da torcida. Sobre 2012, eu nem preciso falar o que veio depois, né? Esses exemplos são prova viva que trabalho de sucesso não se arruma do dia para a noite. Teremos sucesso com Eduardo se assim Peter permitir. Que ele permita.

Para encerrar, uma reflexão: O técnico de ponta que vocês pedem seria "inteligente" o suficiente de fechar negócio com um clube que demite profissional com um mês de projeto?  

Saudações Tricolores.

Autor: Clayton Mello

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