Imagem: Nelson Perez / Fluminense FC |
Já passamos de um terço do Brasileirão. Em 14 rodadas, o
Fluminense acumula 18 pontos e soma apenas 4 vitórias, em posição quase fixa no
meio da tabela. Até aqui, nenhuma grande sequência negativa, porém a equipe
sequer atingiu duas vitórias consecutivas no certame. Números que escancaram a
insipidez atual de um time muito acostumado a empatar e pouquíssimo acostumado
a marcar gols. Contra o Vitória, no Barradão, o terceiro 0 a 0 na competição. Mas
uma luz surge no fim do túnel e ela vem de Edson Passos.
Busca por reforços reais à parte, chegamos ao momento em
que o apoio do torcedor será fundamental para alçar o clube a um novo patamar dentro
do Campeonato Brasileiro. Enfim disponível para jogos, o Giulite Coutinho pode
ser importante já no curto prazo, mais especificamente nas próximas seis
rodadas. Dessas seis partidas, quatro serão em casa, contra Cruzeiro, Ponte
Preta, Figueirense e América-MG. Confrontos extremamente ganháveis que podem
dar confiança e novos rumos a um time que tem suas limitações, mas peca muito
pelo nervosismo e pela pressão existentes.
A atuação no Barradão passou longe de empolgar. No
entanto, deu sinais de evolução em alguns aspectos. Cavalieri – bastante inseguro
em 2016 – voltou a fazer defesas com as quais nos acostumamos em seus cinco
anos de Fluminense. A recuperação do goleiro é um dos pilares para esse time
voltar a funcionar bem. No outro extremo do campo, apesar do gol perdido,
Maranhão foi o melhor jogador de linha, com muita velocidade e dribles que
causaram problemas à defesa baiana. Quem também deixou boa impressão foi
Samuel, que atuou pelo lado esquerdo e mostrou merecer mais minutos durante as
partidas. O atacante sofreu pênalti claríssimo não assinalado pelo árbitro.
A defesa, por sua vez, passou por alguns sustos na bola
aérea devido à ausência de Gum, dominante no quesito. Porém, a atuação segura
de Renato Chaves, mesmo após três meses sem entrar em campo, prova que o elenco
está bem servido de zagueiros, a despeito do equivocado empréstimo de Marlon. O
sistema defensivo, como um todo, carece de pequenos ajustes caso a formação com
Douglas e Cícero de volantes seja efetivada (esperamos que seja). E William
Matheus, embora não seja nenhum Marcelo, aparenta estar bem longe de ser um
Giovanni.
Para o próximo jogo, a lógica aponta para um 11 inicial
com presença obrigatória de Marcos Júnior. O camisa 35 voltou de lesão, entrou
bem no segundo tempo e não deve, em hipótese alguma, ser reserva de Osvaldo. Junto
a Dudu e Maranhão, pode formar uma linha veloz e com troca constante de
posições para confundir a defesa adversária. No comando do ataque, caso Henrique
Ceifador não reúna condições para jogar 90 minutos, gostaria de ver Samuel, mas
não sei se Levir o enxerga como um centroavante. Mais importante do que escolha
de formação e jogadores é o tricolor cumprir com seu dever cívico. Vá ao
estádio e seja a diferença que o Fluminense precisa para encontrar o caminho
das vitórias em 2016.
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