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» » » » » » Relação com a FERJ, esportes Olimpícos e finanças: Pedro Abad fala com o FluLink sobre suas propostas
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Por Cayo Pereira, Clayton Mello, Guilherme Bianchini e Maria Costa

O FluLink deu seu pontapé inicial na cobertura sobre a eleição presidencial do Fluminense deste ano. Em acordo com os três candidatos confirmados até o momento, faremos um giro de entrevistas com cada um.

O primeiro entrevistado é o candidato Pedro Abad. Auditor da Receita Federal, ele é formado em Engenharia de Computação pelo Instituto Militar de Engenharia. Abad é o candidato da atual chapa que comanda o Fluminense, a Flusócio. Aberto aos questionamentos, reforçou que a atual gestão teve um bom caminho no âmbito financeiro e que isso abriu portas para investimentos em muitas frentes no clube. Também falou abertamente sobre questões adversas da atual gestão, como o cerceamento ao site de notícias NetFlu, mídia segmentada relacionada ao Fluminense e também a relação com a FERJ, desafeto nos últimos anos.

Confira na íntegra a entrevista com Pedro Abad:

1. O que levou você a aceitar o convite da Flusócio e consequentemente sair como candidato da situação?

Na verdade não foi um convite da Flusócio, foi uma vontade minha que sempre esteve na minha cabeça. Sempre achei que um dia estaria neste lugar e este ano a coisa ficou mais forte. Foram várias pessoas me chamando, me pedindo que encarasse o desafio, consegui acertar minha vida e vamos partir para esse desafio de muita responsabilidade, mas também de muito prazer.

*** 2. Peter e sua direção seguem buscando um patrocinador master para o Fluminense neste fim de gestão. Caso não haja acordo até a troca da presidência, qual é o seu plano para encontrar um novo parceiro?

As negociações com parceiros precisam ser analisadas no ponto de vista econômico que vive o país. Hoje em dia, qualquer parceria que envolva o Fluminense possui valores muito relevantes e o investidor neste momento demanda de um tempo de análise e o clube geralmente não tem tempo para esperar. A gente pretende abrir mais frentes de negociação, fazer apresentações que mostrem o valor da camisa, o retorno dado, buscando encontrar esses parceiros. De qualquer maneira, a gente tem muita confiança que até o fim deste período a gente já deve estar com um patrocinador master e outras propriedades da camisa vendidas.

3. O equilíbrio financeiro do Fluminense é real ou fictício? O que precisa mudar?

O equilíbrio é real. O que acontece é que o clube possui um volume de dívidas muito grande, mas através do trabalho de reorganização, de gestão junto aos órgãos públicos, de aproveitamento das oportunidades que as leis fiscais e trabalhistas nos deram, a gente conseguiu equacionar essas dívidas de forma que hoje conseguimos pagar de forma parcelada, em um prazo elevado que permite que tenhamos um fluxo de caixa previsível. Sem esse equilíbrio, a gente não conseguiria recursos para o clube. Acabamos de receber R$4,5 milhões que vão pagar a folha de salário dos esportes Olímpicos e estamos com outros editais prontos para ter mais recursos. Isso é fruto do trabalho feito pelo presidente.

A responsabilidade do presidente é manter esse equilíbrio e na medida do possível ir quitando algumas dívidas que são maiores que as outras. Dívida bancária é algo que possui juros altos, então precisamos matar assim que possível. O planejamento é sempre que tiver uma receita inesperada, que possamos pagar um pouco da dívida e também fazer investimentos, seja no futebol ou no clube, sempre dividindo de uma forma adequada.

4. Pretende promover alguma alteração no projeto Samorín?

O Projeto Samorín é muito amplo. Os sócios e as pessoas que acompanham o Fluminense pela internet têm uma pequena noção do que é o projeto. Ele faz parte de um contexto. Qual é o contexto? Ele foi colocado ao lado de um centro de desenvolvimento esportivo gigantesco, é o segundo maior do mundo. Os jogadores que estiverem lá vão poder utilizar dessa estrutura. Além disso, o nosso projeto é levar o Samorín a primeira divisão. Alcançando esse objetivo, vamos buscar atrair investimentos de peso para fazer com que o Samorín se torne um clube mais competitivo ainda dentro da Europa. Onde é o fim disso tudo? É a gente arrumar o Fluminense internamente. Organização, saneamento de dívidas, de uma maneira que o clube seja alvo de maiores investidores no futuro. Atualmente temos uma competição muito dura com outras equipes favorecidas por uma cota de televisão maior e de receitas. Se a gente não partir para outras opções a não ser brigar especificamente por dinheiro, vamos perder. Então, inicialmente vamos preparar o Samorín e junto com a preparação do Fluminense. Alcançando o objetivo, vamos trazer isso para cá, de forma que a gente obtenha grandes investidores e consiga receitas e conquistas a altura do nosso clube.

5. Como será a relação do Fluminense com a FERJ caso você seja eleito? A atual gestão viveu em litígio praticamente os seis anos de mandato e sofreu muitas retaliações por conta disso.

A defesa dos interesses do Fluminense estará sempre em primeiro lugar. Minha gestão sempre irá defender os interesses do clube. Por outro lado, sempre que houver a possibilidade de diálogo e isso não se aplica só a Federação do Rio, mas também com outras entidades esportivas que possuímos relacionamento, vamos fazer. De qualquer maneira, a gente já tem alguns litígios estabelecidos e temos que enfrentar de igual para igual. Não existe nenhum receio de partir para o confronto se for necessário. Porém, podendo dialogar, é sempre melhor.

6. Notamos as felicitações do Fluminense aos seus ex-atletas na Olimpíada Rio 2016. Qual é o seu projeto para os esportes Olímpicos do clube? O que é preciso para que possamos manter esses atletas e ter a alegria de uma medalha representada pelo fruto de um bom trabalho realizado?

Os esportes Olímpicos do Fluminense possuem uma grande tradição. A história do Fluminense vai além do futebol. Hoje em dia, esporte de alto desempenho precisa de dinheiro. Para se ter atletas, técnicos dedicados a isso, demanda dinheiro. Hoje, como já temos as certidões negativas, conseguimos elaborar projetos para serem levados até as entidades que destinam dinheiro a esses projetos, de forma que a gente consiga investir no esporte de alto desempenho e gerar os atletas que vão trazer o orgulho, a visibilidade para a marca Fluminense. Isso tudo está muito claro pra mim, já conversei com diversos representantes dos esportes Olímpicos e todos eles sinalizam muito positivamente neste sentido. Já mapeamos com representantes de tiro, natação, tênis... Todos eles já foram contactados com a intenção de entender as necessidades e aonde cada esporte tem que caminhar.

7. A gestão Peter impediu os trabalhos do NetFlu dentro do clube. Qual é a sua visão sobre isso? Caso vença a eleição, essa medida será mantida ou o canal terá seu direito devolvido?

Eu não sei dizer exatamente os motivos que levaram o clube a tomar essa decisão. Temos duas formas de analisar isso: A gestão nestes últimos seis anos foi exercida de forma muito responsável. São pessoas que dão valor a imprensa, entendem que é um trabalho muito importante não só para o esporte, mas para a sociedade. Sem procurar saber o que houve realmente, fica muito difícil opinar. De qualquer maneira, já conversei com o pessoal do NetFlu e quero chamar para uma conversa, visando entender o que houve e estabelecer uma forma de trabalho que atenda os interesses do clube e os interesses da imprensa no geral.

8. Qual é a sua opinião sobre demitir um técnico com um mês de temporada? (Referência a demissão de Eduardo Baptista em 25 de fevereiro deste ano).

O técnico sempre acaba pagando o pato nessa cultura instalada. Acho que é muito importante procurar envolver o técnico em um projeto e procurar acreditar nele do que simplesmente tomar uma atitude acalorada. Como eu não estava no futebol naquele momento, não sei o que levou efetivamente a gestão a fazer isso. Porém, o importante é que se tenha um projeto que valorize ao longo prazo. O que não quer dizer que eventualmente não se precise corrigir o rumo, as vezes o profissional não se encaixou com o elenco ou não se adaptou a filosofia do clube. Tem muita coisa que pode fazer dar certo, como também ao contrário. Geralmente é caso a caso, mas o interessante é se propor a criar uma estrutura de direção de futebol que vise projetos longos, que é o que dá estabilidade, entrosamento, ganho de rendimento. Quanto mais tempo se trabalha junto, melhores resultados são conquistados.

9. Aponte, especificamente, um grande erro e um grande acerto da gestão Peter.

Um erro foi a pouca aproximação com o sócio, pouca comunicação. Na minha opinião não é propriamente um erro, mas uma deficiência. As ações feitas foram boas, mas acho que poderia ter mais, uma interação mais ágil, de forma a trazer o sócio e o torcedor para mais próximo, que houvesse mais conteúdo para que ele se sentisse mais pertencente a vida do clube.

Um grande acerto, não tenho a menor dúvida, foi a responsabilidade financeira. Erros e acertos acontecem, faz parte de uma gestão, mas acho que nessa questão, o clube acertou muito mais do que errou e hoje a gente tem o resultado disso que vai ser longo. O fluxo de caixa planejado, poder obter outros recursos que vão catapultar os esportes Olímpicos e o próprio futebol de base pode se aproveitar disso. Além, claro, de algo que não vou nem me estender muito que foi o Centro de Treinamento. Levantou o Fluminense em um patamar que a gente não podia imaginar. O Pedro Antônio foi um monstro nessa entrega da gestão. Ele trabalhou incessantemente e fez o CT em um custo que é inacreditável. Isso é pra sempre.

10. Deixe sua mensagem aos torcedores e sócios que irão decidir o futuro do Fluminense nesta eleição.

Quero dizer ao torcedor e ao sócio que a gente está fazendo parte de um projeto que começou em 2011, que tentou de toda forma reduzir a influência de um passado nefasto que tivemos no clube, um cenário quase de terra arrasada e que não termina nestes seis anos. A minha candidatura é uma parte importante de um projeto que começou com a reformulação de Xerém, com uma nova forma de fazer gestão e agora é a vez de partir efetivamente para dentro do futebol, fazer algo diferente dos últimos anos, principalmente nestes dois últimos anos. Queremos um futebol vencedor, ainda mais estruturado e posso dizer que temos um horizonte muito bom para o clube e tenho certeza que o sócio que depositar a confiança em mim, não vai se arrepender. Vou trabalhar demais, estou muito motivado, estou decidido a fazer pelo menos os próximos três anos de muito trabalho e muita dedicação para que o Fluminense seja principalmente um clube vencedor onde disputar. É isso que quero fazer.

-x-


*** Quando questionado sobre a questão do patrocinador master, ainda não havia o anúncio da Caixa Econômica Federal quanto a parceria com o Fluminense que será selada na próxima terça-feira, 20 de setembro.

Fique ligado nas nossas redes sociais! O candidato Pedro Abad respondeu algumas perguntas de bate-pronto que irão ao ar diretamente no Twitter em formato de vídeo.

O próximo entrevistado será o candidato Pedro Trengrouse, no dia 24 de setembro. 


Saudações Tricolores!

Autor: Clayton Mello

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