Select Menu

Gif Flulink



Slider

Travel

Performance

Cute

My Place

Mercado Tricolor

Racing

» » » FluLink relembra: Fluminense 3x1 LDU - A dor da certeza equivocada
«
Next
Postagem mais recente
»
Previous
Postagem mais antiga

Hoje daremos início a um dos projetos mais aguardados por mim. A série, se é que podemos chamar assim, "FluLink relembra". Serão quatro capítulos, quatro textos, quatro partidas inesquecíveis. Cada uma escolhida por cada blogueiro que escreve aqui. Cada um com sua participação. Hoje, iniciaremos com a final da Libertadores de 2008, escolhido pelo blogueiro Isaías Ramos. Convido vocês a embarcarem comigo nessa. Vamos?

Imagem/Globoesporte.com



"Pesadelo. É o significado do que foi essa partida. Campanha mágica, histórica. O maior desejo da torcida. Vivíamos um sonho e, infelizmente, fomos acordados da pior forma possível. Nosso time estava em ótima fase. Era incrível vê-lo jogar. Tínhamos o melhor zagueiro do mundo, Thiago Silva, um meio-campo completo - Arouca, Cícero, Darío Conca e Thiago Neves. Gabriel e Junior Cesar, o motorzinho, indo bem nas laterais. Washington mesmo perdendo aquele caminhão de gols, fazia muitos também, e sempre marcantes. Dodô, o artilheiro dos gols bonitos, era nosso talismã. Entrava para decidir. Porém, não conseguiu no grande dia. Thiago Neves estava iluminado, tanto que foi eleito melhor jogador das Américas. Marcou 3 gols, no entanto, insuficientes. Não encontramos qualquer explicação para o que foi aquela final, o que sentimos ou, por quê?

Merecíamos muito. Mais de 20 anos sem disputar o título mais desejado da América Latina, e quando voltamos, voltamos com tudo. Time e torcida em sintonia. No pesadelo, eram mais de 100 mil jogadores no Maracanã, pelo lado do Flu, contra meros 11 do outro time. Injustiça foi feita. Pressão e nervosismo tomaram conta de nossos, ainda não chamados assim, guerreiros. Perdemos para nós mesmos. Saímos de luto, mas com o sentimento de que ainda, um dia, chegaremos a esse tão sonhado título. E disso tenho certeza. Ganharemos a Copa, tricolores. O nosso grande dia vai chegar. O pesadelo só veio para nos fazer aprender." (Isaías Ramos)


Era um Maracanã à parte. Uma cidade diferente, um dia anormal, um momento inigualável. Fluminense Football Club; Liga Deportiva Universitária. 80 mil apaixonados. Um Rio de Janeiro transbordando tricolores e entupido de confiança, de nervosismo, de amor. Era o dia. Era. Não foi. Doeu. Passou. Passou?

LDU, Arsenal-ARG, Libertad-PAR, Nacional-COL, São Paulo, Boca Juniors e LDU. Seis adversários, quatorze partidas. Uma semelhança entre todos? Sucumbiram ao Maracanã e sua magia junta a torcida mais linda do planeta. Todos saíram derrotados, perderam. Apenas um conseguiu a façanha de anular a derrota e se sagrar, justamente, o campeão. Em cima de nós, da nossa casa, em cima do nosso sonho, em cima da nossa certeza. Não merecemos. Até hoje, recordo, vez ou outra, daqueles 120 minutos somados aos piores dez minutos da minha vida até então naquela época, as penalidades. Não tem como esquecer, por tudo que fizemos e fomos naquela Copa Santander Libertadores 2008.

Quando Bolaños silenciou o Maracanã aos 4 minutos abrindo o placar para a Liga, veio automaticamente a decepção de praticamente sacramentar a perda do título. No agregado, um terrível 5x2 para a equipe equatoriana. O Flu precisava de 4 para transformar a lástima em festejo. Em uma final, ninguém imaginaria essa possibilidade. Até que... Thiago Neves, Thiago Neves, Thiago Neves. Minuto a minuto daquela partida, o Fluminense construiu, junto de toda a sua campanha, o título inédito naquela noite mística. Virou a partida para 3x1, agregou em 5x5. Faltava um. E ele não veio. Cevallos impediu. Se alguém nesse mundo pudesse recriar aquela partida, certamente esse alguém arrancaria os braços do goleiro da LDU e daria o título ao Fluminense. Consagraria Thiago Neves com o quarto gol.

O show da torcida. Se houve alguém que mais sofreu e foi injustiçado dentro dessa história, foi o torcedor. Dia após dia, noite após noite, acreditando, lutando junto, apoiando, vivendo Fluminense, vivendo a Taça. Ao final, sofreu. Praticamente morreu por dentro, morreu a crença na justiça futebolística. Não morreu por falta de luta, morreu de tristeza, morreu por não crer naquilo que acontecia no estádio Mario Filho. Aniquilaram o caloroso coração tricolor. Baldassi, Bolaños, Guerrón, Cevallos... Colaboraram, mas foram coadjuvantes perto do principal vilão: a soberba.

Lembrar daquela noite se tornou pecado mortal para alguns tricolores. Muitos dizem: "Chega, isso já foi." ou "Supera, tricolor, supera.". Superar, nós superamos, mas lá no fundo, me diga, você, não bate a vontade de recriar? De relembrar? Ora, aquele dia foi o segundo maior da história do clube. Perde apenas justamente para o dia em que o Fluminense foi criado. Bate a saudade da emoção, bate a saudade da equipe que levou a América ao encanto por seu futebol. Quem levou, foi outro, mas a memória é toda nossa. No futuro, ganharemos uma, duas, três... E quanto a 2008, sempre ficará o gosto amargo. Sempre.

E se você, ao chegar aqui, sente raiva de mim por lembrar dessa final, perdão. Prometo tentar compensar na próxima, com um Fluminense-Coritiba de 2009, em que... Bom, vocês sabem. Vamos relembrar?

Até a próxima.
Saudações tricolores!

Autor: Clayton Mello

«
Next
Postagem mais recente
»
Previous
Postagem mais antiga

1 comentários