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Paulo Sérgio/Lance! |
Peter Siemsen resolveu mostrar trabalho. Após sofrer por diversas vezes com as exigências do presidente da patrocinadora em relação ao futebol tricolor, o mandatário do Flu decidiu demitir Renato Gaúcho e trazer Cristóvão Borges. Ambas as decisões desagradaram Celso Barros, mas Peter parece disposto a provar a torcida que não é tão inútil assim.
Um time rebaixado que foi mantido e que derruba o quarto técnico em um período de oito meses. Poucas dispensas foram feitas e algumas peças nulas permanecem no clube. O contrato longo atrapalha a dispensa de alguns deles e nenhum clube parece interessado em contar com o futebol dos mesmos. Dá pra compreender. Outro problema é justamente algo que foi citado acima no texto. A queda de braço entre Peter e Celso Barros. As divergências no método de idealizar o projeto "perfeito" para o Fluminense acontecem o tempo todo e no final, quem acaba prejudicado somos nós e a instituição. Pior de tudo, quando se sente contrariado, Celso se mostra uma pessoa repugnante e insuportável, atitude que ocasionou em um aumento na rejeição da torcida em relação ao patrocínio que parece perfeito para nossos rivais, mas que na prática se mostra parecida com uma ditadura.
Para encerrar a parte relacionada aos nossos problemas, talvez a pior de todas: Asfixia financeira. O Fluminense está há quase um ano com boa parte da renda que entraria nos cofres do clube penhorada. Por mais de uma vez fora anunciado o acordo entre Flu e PGFN, mas até agora, seguimos estagnados. Isso atrapalha e muito no desenvolvimento econômico, o que resulta no atraso de salários e insatisfação do bando que é o atual grupo de jogadores. Já não jogam com dinheiro na mão, imagina sem. Além disso, também ficamos sem possibilidades de contratar sem depender da patrocinadora e os efeitos são nítidos. Essa questão talvez seja a principal para Peter Siemsen provar com tanta facilidade que é um dos piores presidentes da história do clube no quesito futebol. Enquanto o acordo não é selado, nossas dívidas crescem...
Falando sobre Cristóvão Borges, achei uma decisão acertada em trazê-lo. Vem da safra de jovens treinadores e estudiosos, que buscam mudar o padrão tático do futebol brasileiro, modernizar esse modelo antigo e fajuto que temos. Pode não ter uma bagagem com títulos ainda, mas já se mostrou competente ao dar continuidade e até melhoria no trabalho de Ricardo Gomes no Vasco, conseguindo um vice campeonato no Campeonato Brasileiro em 2011. Temo apenas pelo processo de fritura que pode sofrer de todos os lados. No Fluminense, jogador e treinador deixam de prestar para a torcida em um piscar de olhos. Hoje, é exaltado, com apoio em massa sobre a sua contratação. Amanhã, se não passar do Horizonte e empatar com o Figueirense na estreia do Brasileirão, será crucificado. Sem falar que agora é quem está na mira desse grupo de jogadores. Espero que não seja a próxima vítima, o quinto a sofrer um 'headshot' de Fred e companhia.
Apesar de já imaginar os próximos capítulos nas Laranjeiras, torço para que a partir de agora nosso clube tome um rumo feliz e glorioso. Meu apoio incondicional ao nosso escudo e cores vai permanecer.
Boa sorte ao Cristóvão, vai precisar. Por dias melhores, por paz, pela volta do sorriso do torcedor tricolor. Passou da hora.
Saudações tricolores!
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