O futuro já está presente

Marcos Felipe, Breno, Nogueira, Derlan e Ayrton; Bonilha (Matheus Alessandro), Douglas e Daniel; Paulinho, Patrick (Nivaldo) e Matheus Pato (Hudson). Essa foi a equipe que o técnico Luiz Felipe escalou para o jogo de ontem, contra o Botafogo. Em um jogo bastante movimentado e bom de se ver, as duas equipes fizeram um jogo lá e cá, com os laterais chegando, com boas jogadas no meio campo, bem trabalhadas e ambos os times com um futebol muito ofensivo. Apesar da grande procura pelo gol das duas partes, o placar não saiu do 0x0. Até saiu, porém o bandeira deu impedimento na jogada do Flu, ainda no primeiro tempo. Primeira etapa essa, que terminou com um a menos para cada lado, faltando pouco para terminar a partida, o camisa 10 tricolor, Daniel, se enroscou com o camisa 10 botafoguense, o mesmo que havia tomado cartão amarelo não tinha dois minutos, e não gostou de uma entrada mais firme do jogador tricolor e meio que deixou o pé depois de já dada a falta para atingir o atleta do Fluminense, só que nada que tenha pego, nada que se caracterize agressão de nenhuma das partes, a jogada era para amarelo, só que como o botafoguense já tinha, o juiz expulsou os dois direto, ao meu ver, exageradamente.

No segundo tempo, o jogo continuou muito bom. Com mais espaço em campo as duas equipes continuavam chegando com frequência, o goleiro de seleção sub-20, Marcos, fez umas 4 defesas no mínimo, sendo dois milagres seguidos embaixo da trave. Para mim esse garoto era reserva imediato do Cavalieri, apesar de eu gostar muito do Kléver também. Outro destaque da partida, foi Paulinho. O camisa 11 tricolor distribuía dribles constantemente na zaga alvinegra, criando inúmeras jogadas de perigo e de longe era o jogador mais agudo do tricolor, que também chegava com perigo e perdeu umas duas ou três boas chances de marcar. Foi um bom jogo, e as duas torcidas reconheceram o bom futebol de seus garotos, foi um belo bônus para quem chegou cedo ao estádio, valeu a pena ter chegado mais cedo para acompanhar a garotada, que com o empate de ontem, permaneceu a dois pontos do líder, Botafogo, que se manteve na ponta com 19 pontos.

Kenedy comemorando seu gol contra o  Botafogo/ FOTO GE

Vou tomar a  liberdade de escrever um pouco sobre o profissional, mas é que preciso falar dos mitos, dos iluminados do dia de ontem. Oito de março de dois mil e quinze, que dia para Xerém, ou melhor, que noite, só não falo 'que ano' pois está muito cedo, mas já vimos gol de Robert decisivo esse ano, vimos a seleção Sub-20 com 4 jogadores do Flu, em alguns jogos, 3 como titulares, porém, realmente ainda é cedo para afirmar isso. O ano está bom para Xerém, estamos colhendo todo o investimento que a gestão atual fez na base, com obras no CT, aliás, somos os únicos do Rio com CT próprio para a base, muito melhor do que todos os profissionais do Rio, não à toa somos a melhor base do estado, sem clubismo. Além de trazer bons jogadores de outros times menores, que estão sendo observados pelo bom sistema de olheiros que temos, esses garotos como Gerson, Robert que estão desde 8, 10 anos no clube tem mais tranquilidade para mostrar seu futebol no time de cima. 

Noite especial desses dois meninos da foto acima. O mais criticado de todos, Kenedy, ontem pra mim, foi o melhor em campo, correu muito, marcou, deu dribles desconcertantes, chutou de longe, deu muito trabalho para zaga alvinegra e até mesmo para Jefferson, que foi obrigado a fazer uma boa defesa em chute de fora do camisa 11 tricolor. E o gol desse rapaz, hein? Que categoria ao bater na bola, jogou lá na costura, e Jefferson só olhou, aliás, nada poderia fazer. Estava escrito que a noite era da garotada. Já Gerson, foi mais tímido durante o jogo, muito pela colocação dele dentro do campo, tenho saudades de ver o meu Fluminense jogar com meias como meias, não abertos como pontas, toda vez que Wagner e Gerson centralizavam as jogadas eles conseguiam render bem mais. Enfim, ainda não estou apto a falar de esquema do time profissional aqui, até porque, ontem há de se aplaudir o time, e até mesmo as mexidas do técnico. 

Ainda sobre o Gerson, toda vez que pegava a bola com certa liberdade conseguia distribuir muito bem o jogo, girando a bola, fazendo chegar nas laterais e no ataque, no seu gol, depois de um belo corta luz do Fred, que aliás, está sendo o paizão desses garotos nas Laranjeiras. Seguiu do meio-campo até chegar a entrada da área, literalmente escondendo a bola de Marcelo Mattos que mesmo puxando, empurrando, não conseguiu desarmar o garoto de 17 anos, que em seu primeiro clássico como titular, primeiro jogo na sua posição de origem, chutou cruzado, firme e marcou, mesmo a bola batendo nas mãos de Jefferson, só parou no fundo das redes, era a virada tricolor, a virada de xerém. Três jogadores formados no clube, foram titulares ontem, coisa que não era visto há tempos, e nenhum tem mais de 20 anos, que geração é essa que nós temos, amigos. Vamos aproveitar, vamos segurá-los e além de tudo, vamos apoiá-los, vamos manter aqui por mais tempo nossas jóias, a torcida merece, eles merecem, o Fluminense merece e o Brasil precisa!

Fazendo um lembrete também para a boa volta de Marlon, e Marcos Junio. Mesmo fora de ritmo e dando algumas pixotadas que quase resultaram em gols, Marlon, no mano a mano, foi muito bem e deu a velocidade que faltava pra zaga, e o Marcos Junio, também sem ritmo de jogo, voltando de um empréstimo, entrou bem no jogo, e não ganhava bolas no corpo como o Kenedy estava conseguindo, mas foi bem na recomposição e com a bola no pé não vacilou nenhuma vez e ainda trabalhou bem as jogadas com os companheiros. Rafinha, outro jogador que aprecio muito o futebol também entrou. Três titulares e dois jogadores que entraram são formados aqui. Há quem dizia que sem um certo patrocinador, estaríamos acabados, mas só a gente sabe a força da nossa torcida! Abraços!