Marcelo, Rafael, Fábio, Wallace, Fabinho, Wellington Nem, Matheus Carvalho, Wellington Silva, Maicon Bolt, Alan. São praticamente três gerações de xerém citadas, Marcelo, Rafael e Fábio foram os que mais deram certo, principalmente o primeiro que é considerado por muitos como o melhor lateral esquerdo do mundo. Falando em lateral, dos nomes citados cinco são laterais que nós formamos para o futebol mundial e as alas são os que mais nos tem rendido frutos. Alas porque aqui no Brasil, não só no Fluminense, não se forma laterais que saibam marcar e atacar no mesmo nível, isso eles sempre aprendem lá fora. Fabinho é um grande exemplo disso, aqui na base era chamado de avenida, já no Mônaco é titular absoluto na lateral e marca tão bem que só perde a vaga quando é colocado como volante pra dar mais dinâmica ao meio campo do time francês.
A questão é que xerém nunca teve tanta força assim nas Laranjeiras, tá tipo: To precisando de um diamante e um rubi, calma que vou buscar ali no quintal(xerém) e já volto. O Fluminense sempre produziu bons jogadores em casa, mas só hoje com a queda de investimentos estão valorizando a base, por quê, como em 2009 são eles que estão dando a cara a tapa pra ajudar o Flu com auxílio da liderança de Fred, Gum, Cavalieri, entre outros. Hoje quase 50% do elenco principal veio de xerém e temos três titulares absolutos, dois com idade de jogar o Carioca Sub-20 e que sem eles o time não funcionou direito no campeonato, na hora de decidir pode ter faltado experiência sim, mas é inegável o valor que a garotada agregou ao time profissional.
Nossos atletas tem recebido propostas dos gigantes europeus e mesmo assim ainda não foram vendidos para que possam se mostrar para nossa torcida antes e o orgulho vir ainda aqui e não quando um atleta que sequer jogou profissionalmente no Fluminense é convocado ou faz um gol em alguma competição européia importante. Não se tem mais aquele desespero de se livrar dos garotos, até porque precisamos mais deles do que nunca e assim eles acabam valendo bem mais do que realmente valeriam se estivessem amargando o banco para um medalhão que só tá aqui pra ganhar dinheiro e não se identifica com o clube. Esse é o novo Flu, ainda falta muita coisa para esses moleques, mas eles não estão longe do caminho certo e de todas as decisões que essa atual diretoria já tomou a mais acertada de todas sem dúvida foi investir no seu atual bem mais precioso que é xerém e assegurar os garotos aqui por mais tempo e com bastante utilização do talento desses atletas.
Uma prova da nova filosofia na base são os jogadores que entram nas competições, a maioria tem idade um ano inferior ao exigido pela competição, principalmente nas categorias Sub-17 e Sub-20 porque os mesmos já estão sendo trabalhados para jogar no time de cima e não para entrar em competições de base e ganhar uma taça, o mais importante é a formação do atleta e isso está sendo mostrado agora com o time profissional recheado de garotos que em outras épocas estariam sendo totalmente massacrados pela torcida porque tiveram 15 minutos de chance em um jogo que o time estava mal e erraram um passe por puro nervosismo.
O Fluminense lutou mas foi eliminado na Copa do Brasil Sub-17 e Carioca Sub-20, ambas para o botafogo. No Sub-17 o tricolor empatou em 4 x 4, como havia perdido o primeiro jogo ficou de fora da competição. Já no carioca o Flu empatou em 1 x 1 com os alvinegros que como ficou melhor colocado na competição tinha a vantagem de dois empates e o primeiro jogo foi 0 x 0. O Sub-20 aguarda o segundo turno do carioca e precisa vencer para chegar a final do estadual.
Por Igor Santos
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