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» » » » » Os desafios do próximo treinador do Fluminense
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Levir Culpi deve ser o próximo comandante do Time de Guerreiros (Imagem: Getty Images)

Eduardo Baptista se foi. Junto com ele, as últimas esperanças de vermos um Fluminense em que realmente exista planejamento para o futebol. As atuações em 2016 de fato deixam muito a desejar, decisões equivocadas foram tomadas pelo treinador, mas eu confiava muito em Eduardo para o restante da temporada, e tenho poucas dúvidas de que ele seria capaz de extrair o melhor desse grupo de jogadores.  No entanto, o texto não tem o intuito de lamentar a queda de um bom técnico. É hora de focar nos desafios que o próximo corajoso a assumir o Flu terá. 

Para começar, a parte tática. E aqui pouco importa discutir números de um esquema. Apontar se o time está jogando no 4-4-2 ou no 4-2-3-1 é válido para se ter uma noção da posição inicial dos jogadores, mas pouco agrega na discussão que diz respeito a ações e movimentos característicos do time durante a partida. O próximo treinador tricolor terá, de cara, a dura missão de fazer a equipe render com Cícero, Diego Souza e Fred juntos. Tecnicamente indiscutíveis, os três apresentam certa incompatibilidade em campo. Quando os dois últimos se entenderam, o primeiro pouco apareceu. Já sem Fred, contra o Cruzeiro, Diego foi soberbo e Cícero um notável coadjuvante.

O trio também apresenta sérios problemas na recomposição. No time de Baptista, Diego e Fred ficavam afastados das duas linhas de quatro que se formavam após o time perder a bola. Tal "relaxamento" na marcação impede uma defesa compacta e dá mais espaços e alternativas ao adversário. As queixas quanto a Cícero são em torno de sua lentidão no retorno para o campo defensivo, problema atenuado no final do ano passado ao formar a dupla de volantes com Jean, uma vez que ele não avançava muito. Em suma, é preciso montar um sistema para os camisas 9 e 10 pressionarem a saída do adversário, e, caso não recuperem a posse, que retornem até a intermediária defensiva para serem úteis sem a bola. O futebol atual não permite jogadores que só sirvam para o ataque.

Chegando à defesa, o problema que mais atormenta a torcida desde que Mariano rumou para a Europa e Carlinhos entrou em parafuso: as laterais. Cornetado por 9 entre 10 tricolores, Wellington Silva peca pela irregularidade. Por mais que doa a muitos admitir, ele possui qualidades, como a explosão física e a facilidade para chegar à linha de fundo. E até acerta uns cruzamentos de vez em quando. Na marcação, mostrou, contra o Cruzeiro, que é capaz de ser sólido. Mas não dá para contar com um atleta que oscila tanto em uma posição crucial. Contratado no final de 2015 para ser titular em 2016, Jonathan ainda não recebeu chances nessa temporada. Fala-se em má forma física, mas será que ele comporia o banco de reservas em todas as partidas caso não estivesse apto a jogar?

Uma grande incógnita toma conta no lado esquerdo do setor. Giovanni estava em plena ascensão quando se contundiu gravemente contra o Vasco, no 1º turno do Brasileirão 2015. Em 2016, o nível é trágico até aqui. Sua sombra é Léo Pelé, que não comprometeu quando assumiu a posição no ano passado, mas também sofreu uma complicada lesão e, desde então, não recuperou a melhor forma. Ayrton era a terceira opção até ser emprestado ao Madureira. Sem expectativa de reforços, o que resta ao próximo comandante é revezar Giovanni e Léo à espera de alguém se destacar e merecer a titularidade. E nada de Scarpa por ali.

Por mais incrível que possa parecer, o miolo de zaga é o que menos me preocupa na defesa. Estamos muito bem servidos com Henrique, Renato Chaves e Marlon, e é necessário dar tempo à dupla escolhida para alcançar seu melhor nível. Apesar das falhas, já expressei o que penso de Henrique em textos anteriores. A urgência maior fica por conta da montagem de um sistema defensivo por completo, em que todas as peças contribuam para a solidez da equipe. Em um time exposto, sem proteção, até uma dupla formada por Beckenbauer e Maldini sofreria as consequências.

Evidenciadas as pendências na defesa, a saída de bola é outro assunto a chamar a atenção. O grande mérito de Eduardo Baptista em seu começo de trabalho foi apostar em uma dupla de volantes formada por Jean e Cícero. Com passe de qualidade, ambos se alternavam no estágio inicial da criação das jogadas e permitiam que o time pouco recorresse ao chutão. Porém, Jean foi embora, Pierre virou titular e a criatividade do meio-campo passou a respirar por aparelhos. O próximo treinador do Fluminense precisa ter coragem para barrar o camisa 5 e promover a titularidade de Douglas, unânime entre os tricolores. A parceria entre a revelação de Xerém e Cícero já se revelou fundamental para uma equipe inteligente, consciente com a bola no pé desde o começo das jogadas.

Levir Culpi é o favorito para assumir o cargo, e possui enormes condições de encarar esse desafio. O Galo campeão da Copa do Brasil de 2014, sob o comando de Levir, é uma síntese de como o Fluminense atual pode funcionar. Apenas um volante de origem, dois meias cerebrais e dois mais ágeis abertos nas pontas. Também pesam a favor do paranaense a capacidade de administrar o grupo e manter todos motivados, demanda recorrente da torcida, e as "costas largas", ausentes nos últimos treinadores a passarem por Álvaro Chaves. Assim ficaria o time ideal, não necessariamente com esses mesmos jogadores na linha defensiva:

As setas não apontam, mas Diego e Fred também auxiliariam a defesa (Imagem: Reprodução/TacticalPad)

Autor: Unknown

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1 comentários

  1. Eduardo Baptista, assim como Drubs, nem deveria ser contratado.

    Dois erros imperdoáveis - porque eram anunciados - da trinca Simone/Mário/Peter.

    Peter começou bem, se perdeu no meio do caminho e tem agora a chance de se redimir antes de passar à história com um presidente de um clube de futebol que não manja de futebol.

    Acorda, Peter!


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