Este final de semana não é um
final de semana qualquer, é um final de semana de flaFLU. Todos sabemos que,
quando a partida vale algo a mais, o Fluminense costuma levar a melhor, como
foi em oito das onze finais disputadas entre os dois clubes, no primeiro jogo e
no jogo de comemoração do centenário do maior clássico do mundo. Hoje, gostaria
de relembrar aqui um dos meus flaFLUs preferidos, apesar de não tê-lo visto nem
por vídeo, tendo ciência apenas por relatos: a final do campeonato carioca de
1941, o famigerado flaFLU da Lagoa.
O esquadrão tricolor da época era
um dos maiores times de nossa história, tricampeão em 36-37-38 e bicampeão em
40-41, título conquistado justamente neste épico embate. O tricolor jogava pelo
empate, mas começou a partida de forma avassaladora, abrindo 2x0 no placar, com
gols de Pedro Amorim e Russo. O rival, por sua vez, foi bravo e conseguiu
chegar ao empate com dois gols de Pirillo. O empate era do Fluminense, mas o
ponta-esquerda Carreiro havia sido expulso, então o nosso filho bastardo estava
com um jogador a mais e alguns minutos para pressionar em busca da virada. Não
obstante, o grande goleiro Batatais estava com uma clavícula quebrada, o que
limitava seus movimentos com o braço. Ou seja, éramos pressionados por uma
equipe com um jogador a mais, tínhamos o goleiro seriamente lesionado (na
época, não eram permitidas substituições) e ainda estávamos jogando fora de casa,
uma vez que o jogo ocorreu na Gávea.
O time do Fluminense em 1941. Foto: Goal |
Só até aí já daria um enredo
épico, um título colossal, porém... e se eu te disser que o único jeito que o
clube das Laranjeiras tinham de se defender do massacre eram apelando para a
cera? Normal, vários times da Libertadores aderem esta prática. Entretanto, o
ponto aqui não é simplesmente fazer cera e, sim, como fizeram-na: naquela
época, a Lagoa Rodrigo de Freitas ainda não havia sido aterrada, então suas
águas chegavam a apenas três metros de distância do estádio da partida. Então,
liderados pelo grande craque Tim, os jogadores começaram a chutar as bolas para
fora do estádio, fazendo-as cair na lagoa.
Na hora do aperto, o Flamengo tentou apelar às origens. Em vão. Mulambo, volte a remar! Imagem meramente ilustrativa. |
Reza a lenda que a direção do
rival, já apressada para dar seguimento ao jogo, convocou seus atletas de remo
para irem buscar a bola mais rápido. Como sempre, os rubro-negros voltam a
remar. O final todos sabemos: Fluminense campeão carioca de 1941, até porque
GANHAR flaFLU É NORMAL. Saudações tricolores!
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