Vai ter golpe
Caros amigos leitores deste espaço.
Primeiro de tudo, creio ser importante fazer um esclarecimento. Estou por aqui há cerca de seis meses e, desde que fui convidado a escrever uma coluna semanal, dediquei meu tempo com afinco a falar sobre Fluminense. E só. Às vezes com piada, às vezes de maneira séria ou até indignada. Mas o objetivo sempre era único: o nosso amado e mais que centenário clube. Por respeito a vocês, jamais deixei transparecer qualquer opinião política, já que não fui chamado para isso e nada indica que eu poderia. Pelo contrário, o chefe da FluLink nem sabe como eu voto ou como eu penso. É indiferente.
O que não me é indiferente, amigos, é a fase exuberante que nosso time atravessa. Ao revés do que vemos todos os dias à nossa volta no país, seja no Congresso, na "intelectualidade", nas ruas, nas coxinhas ou mortadelas, a crise se foi do Laranjal. A chegada de Levir Culpi, da República de Curitiba (como ele mesmo disse ser), deu liga a um elenco que sempre pareceu ter mais potencial do que vinha apresentando há um bom tempo. E o melhor: sem depender do (ainda) seu grande nome. Às vezes dá para encontrar soluções sem se apegar ao sucesso do "mandachuva" no passado recente. Que bom que é assim!
Mais do que a liderança na Rubensliga, muito me entusiasmou como a equipe vem jogando: transmitindo segurança e serenidade dentro de campo, além de laterais atuantes, um Cícero em grande forma e Gerson enfim bem postado. Passou pela 1ª fase da Copa do Brasil sem qualquer susto e agora a expectativa é para a (confirmada) decisão da Primeira Liga, na noite do dia 20 de abril. Lamento informar a alguns exaltados, mas sim, neste dia terá golpe.
Um golpe muito bem dado, na boca do estômago da jararaca paranaense. Com cores estas que amamos derrotar em decisões. Pena que é o rubro-negro genérico. Mas o importante, no fim das contas, é a taça histórica que poderá chegar ao nosso salão de troféus.
Salão que é meu, é seu e é de todo mundo que torce para o Fluzão. É nosso universo à parte que não se envolve em discussão mundana de Zico, zika, petrolões ou trensalões. No céu, entre estrelas e tucanos, reina nosso escudo. Democrático e sagrado, acima de todos.
Nenhum comentário