Imagem: Nelson Perez / Fluminense FC |
O Fluminense iniciou muito
bem sua trajetória no Brasileirão 2016. Além da inédita vitória contra o
América Mineiro, o time voltou a mostrar o futebol de qualidade apresentado nos
primeiros jogos sob o comando de Levir Culpi. Defesa bem protegida, saída de
bola eficiente e intensa criação de oportunidades são os pilares vistos no
Independência que podem levar a equipe ao sucesso na competição. Como nem tudo
são flores, os jogadores cansaram de desperdiçar chances para matar a partida e
tomaram sustos desnecessários na reta final.
Levir deu continuidade ao 4-2-4
visto contra a Ferroviária, em Volta Redonda. Mas o esquema, em tese muito
diferente do 4-2-3-1 anteriormente utilizado, é semelhante à outra formação em
vários aspectos: os pontas Osvaldo e Gustavo Scarpa mantêm a alternância, ora
estão na esquerda, ora estão na direita; Jonathan e Wellington Silva seguem com
liberdade para avançar – um de cada vez – e dar amplitude em fase ofensiva; e
Cícero continua com a responsabilidade de fazer a saída de bola e organizar o
time partindo de trás.
A alteração se dá na troca
de Gerson por Richarlison. Abre-se mão de um “camisa 10” e passa-se a utilizar
outro atleta que cai pelas beiradas e agride a área. Com isso, a faixa central
fica aberta para Fred recuar, receber a bola e ajudar na construção de jogadas.Veja abaixo, na parte mais esverdeada, a área de maior participação do capitão.
Contra o América, o camisa 9 foi acionado a todo instante, e respondeu muito
bem aos que ainda duvidam de sua capacidade de participar do jogo fora da área.
Dentro dela, foi assistido por Richarlison e definiu a vitória.
Imagem: Reprodução / Footstats |
Vale abrir um parênteses
para destacar a importância de Osvaldo no primeiro tempo. Muito criticado por
90% da torcida, o jogador foi a válvula de escape necessária para o time pegar
a defesa mineira desprevenida. O adversário se posicionava defensivamente com
os dez atrás da linha da bola, o Fluminense não encontrava brechas e se via com
severas dificuldades para finalizar as jogadas. No primeiro chute a gol,
Osvaldo aproveitou erro na saída de Tiago Luís e obrigou João Ricardo a dar o
rebote que originou o tento de Fred. Sem dúvidas, o melhor da etapa inicial.
Fecha parênteses.
Não fossem as pixotadas de
Henrique e o desempenho da defesa seria irretocável. O Coelho só assustou em
cruzamentos e sobras de bola dentro da área. Gum, mais uma vez, passou segurança
e não comprometeu. Outra peça fundamental para a solidez defensiva foi Edson.
Irregular em 2016, o volante desempenhou bem seu papel de proteção e impediu
gol certo do América com carrinho preciso em Osman. A continuar assim, sem se
achar um craque, e ganhará a vaga de Pierre.
Vimos um Fluminense que
agrada e mostra potencial para ser muito competitivo no Brasileirão e na Copa
do Brasil. “Vale a pena arriscar para
buscar resultados”, disse Levir. Essa deve ser a mentalidade. Contra
adversários inferiores, mesmo fora de casa, o time precisa fazer valer sua
condição e pressionar em busca da vitória. No entanto, o sem número de chances perdidas
não pode ser repetido caso o clube almeje voos maiores na competição. Uma hora
a conta por tanto desperdício é cobrada e o time deixa pontos preciosos pelo
caminho. Contra o Santa Cruz, mais três pontos são obrigatórios para dar maior tranquilidade
na dura sequência que se aproxima com Palmeiras, Botafogo e Atlético-MG pela
frente.
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