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» » » » » » Em entrevista ao FluLink, Mário Bittencourt exalta suas passagens no futebol: "Sempre fui chamado nos momentos ruins"
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Por Cayo Pereira, Clayton Mello, Guilherme Bianchini e Maria Costa


O FluLink continua a cobertura da eleição ao cargo de presidente do Fluminense. Após ouvirmos Pedro Abad e Pedro Trengrouse, entrevistamos o candidato Mário Bittencourt.


Mário está no Fluminense desde 1998, quando começou como estagiário. Passou três vezes pelo departamento de futebol. Bastante conhecido por ter sido o advogado do clube no ‘Caso Héverton’ em 2013, foi vice-presidente na gestão Peter Siemsen de maio de 2014 até fevereiro de 2016. Hoje, Mário é candidato junto com Ricardo Tenório, que também foi vice de futebol com Peter e é um velho conhecido do torcedor tricolor. Estádio, Šamorín e Pedro Antônio foram alguns dos assuntos abordados.

 1-     O que leva o torcedor a crer que um advogado com uma experiência conturbada na gestão do futebol possa fazer uma boa administração do clube?

Não estou aqui desde 2015, estou desde 1998. Tive outras passagens pelo departamento de futebol, uma delas em 2009, como gerente, com extremo sucesso, quando o Tenório era vice-presidente de futebol e me convidou. Conseguimos um aproveitamento de 75%, dos últimos onze jogos do campeonato vencemos sete e empatamos quatro. Em 2011, fiquei por um período curto durante a Libertadores, quando tínhamos 2 pontos no grupo e conseguimos nos classificar para as oitavas de final. Em 2014, fui vice-presidente a partir de maio e o Fluminense ficou em 6º lugar no Campeonato Brasileiro. Se fosse hoje, estaríamos na Libertadores por causa do G6. Na verdade, 2015 não foi bom porque era um ano de transição. Todos me perguntavam em entrevistas como o Fluminense sobreviveria sem a Unimed, o Fluminense sobreviveu. Não fez um Brasileiro bom, mas chegou à semifinal da Copa do Brasil.


Então, não consigo enxergar essa preocupação que as pessoas têm por um período específico ruim quando estive à frente do departamento de futebol. Por exemplo: o Peter, em 2013, foi eleito com quase 80% dos votos enquanto o time lutava para não cair, e ele estava à frente do departamento de futebol. O Sandrão (ex-vice de futebol) havia saído e o presidente acumulou as funções. O time estava em 8º e acabou naquela situação, se livrando do rebaixamento por causa do ‘Caso André Santos’ e do ‘Caso Héverton’. O torcedor não deve se preocupar com isso e, sim, olhar a minha história. Estou há 18 anos no clube, com muitos êxitos no departamento jurídico e no de futebol. Do time atual, apenas William Matheus e Wellington não trabalharam comigo. Além de jogadores como Fred e Diego Souza, que foram vendidos e, juntos, somam mais de vinte gols no campeonato. Então, encaro isso como uma discussão de torcedor. Não se pode avaliar a capacidade de um profissional com a minha história apenas por um período curto.

2-    Oferecerá alguma função ao Pedro Antônio em sua gestão?

Em entrevista a VAVEL na inauguração do CT, o Pedro Antônio me citou como um dos maiores doadores do CT. Antes de lançar a candidatura nós conversamos, e caso eu seja eleito, ele sabe que continuará sendo, se quiser, nosso vice-presidente de Projetos Especiais.

3-     Mesmo que ele (Pedro Antônio) declare abertamente apoio a outro candidato, você mantém a postura de ceder um cargo caso vença a eleição?

Mantenho a postura aberta, inclusive a outros candidatos. A partir do momento em que você vence uma eleição, precisa trazer quem é importante e quem pode ajudar o Fluminense. O Pedro Antônio é uma figura importantíssima na história do clube e sabe que contamos com ele.

4-     Você apresentou um projeto para o estádio do Fluminense. Caso vença a eleição, quais serão os próximos passos em relação ao tema?

Apresentamos um projeto de estádio e de viabilidade. Já temos um documento assinado de um terreno que também fica na Barra da Tijuca. E esse documento não é para mim ou para o Tenório, é um documento para o Fluminense. Mesmo que a gente não vença, vamos colocá-lo a disposição do clube. Nossa ideia é fazer um estádio para 38 mil pessoas, no modelo FIFA. Tirando as cadeiras atrás do gol para fazer uma geral, ele passa a ser de 41 mil lugares. Obviamente, é um projeto que se adéqua a qualquer possibilidade que o clube tenha e de um investidor para colocar isso adiante.

5-     O candidato Pedro Abad, em entrevista ao FluLink, definiu a pouca aproximação do clube com o sócio como uma deficiência da atual gestão. Você concorda? Além da sua proposta pro sócio que é de fora do Rio poder votar pela internet, o que precisa ser feito para mudar o quadro?


As primeiras declarações dele diziam que o Marketing do Fluminense é muito bom. Discordo e esse é um dos motivos da minha candidatura. O Fluminense tem um desempenho muito ruim no departamento de Marketing. Não por culpa dos profissionais que lá estão e sim pelas inúmeras mudanças dos profissionais, coisa que aconteceu dez vezes nessa gestão, e fez o clube não ter o desenvolvimento de um trabalho. Para deixar claro, contamos com os profissionais que lá estão, temos apenas a vontade de mudar o modelo. A relação com o torcedor é extremamente distante. É inaceitável que o Fluminense tenha implementado um sócio futebol há mais de três anos e que hoje eles não possam votar à distância na eleição. O sócio que mora no Acre, em Brasília ou em Goiás terá enorme dificuldade para poder votar. Essa é uma das nossas lutas. Iremos, também, implementar um novo modelo de sócio futebol, porque o modelo atual é muito ruim. Precisamos de um modelo que fidelize o torcedor. 

6-     Ele é ruim porque não fideliza o torcedor? Por que não atrai o torcedor para os jogos? Por que acha isso?
O modelo é ruim porque é vinculado exclusivamente ao resultado dos jogos e a ter um estádio. Todos os outros modelos de sócio do futebol brasileiro possuem, além da possibilidade de ir ao jogo e frequentar o estádio, uma fidelização. Troca dos pontos que você adquire ao ser sócio por produtos, eventos de Marketing e até mesmo ingresso para outros jogos. Comparado ao modelo do Internacional, do Palmeiras e do São Paulo, o do Fluminense está engatinhando.

7-     Qual será o tamanho do investimento nos esportes Olímpicos em sua gestão? É possível recuperar a tradição existente neste âmbito? Como?

Na questão do investimento, primeiro precisamos ganhar a eleição para assumir o clube e saber quais são os valores que o clube tem à disposição. Temos a lei do incentivo ao esporte, especialmente para o esporte olímpico, e vamos trabalhar nisso muito forte. Com relação a voltar a disputar os esportes de rendimento, como são chamados, o vôlei está aí como exemplo. O clube conseguiu montar um time no final dessa gestão e ser competitivo. Conversei com o diretor geral do NBB e combinei com ele que, se vencermos a eleição, ele irá aumentará o tempo das inscrições e vamos colocar um time na Liga Ouro (segunda divisão do basquete nacional) para, a partir daí, buscar uma vaga no NBB. No início o investimento será pequeno, não tem jeito, porque estaremos iniciando a gestão, mas já pensando em ter uma equipe forte no basquete para 2018. Nos outros esportes, a intenção é sentar com cada diretor de cada área e com cada atleta para saber se vamos disputar um esporte de rendimento ou de apenas participação. É uma questão que será avaliada.

8-     O que acha do Flu Šamorín? Pretende manter o projeto?

O clube deve manter. Parece que é um projeto em andamento e que o Fluminense ainda precisa pagar um valor no próximo ano. Então, primeiro, temos que fazer a compra e destinar a verba para isso. O projeto é interessante e pode ser estendido para outros clubes na Europa. É uma iniciativa. Temos que sentar com os profissionais que gerem o projeto para saber como está caminhando e evoluindo, porque é um projeto muito interessante.

9-     Você já disse muitas vezes que não concordou com a saída de Fred, que tinha uma relação de 7 anos com o clube e é ídolo do Fluminense. Foi você também que efetivou a renovação dele no ano passado. Pretende trazê-lo de volta?

Todos sabem que eu acho que a saída dele foi precipitada e extremamente mal feita. Um atleta com a história que ele tinha no clube, maior ídolo recente, com um contrato para encerrar a carreira aqui. O Fluminense deveria ter gerenciado isso de uma maneira diferente. Prometer que vou trazê-lo de volta seria leviandade da minha parte, até porque ele tem contrato com o Atlético-MG até o fim de 2018 e acredito que receba o mesmo salário que recebia aqui. Prometer isso seria jogar para a galera e não vou fazer isso. Mas é claro que se ganharmos a eleição e classificarmos para a Libertadores, vamos buscar montar um time forte para sermos campeões. 

Mas se houver a possibilidade em algum momento (de trazer Fred de volta)?

O Fluminense precisa estar sempre com possibilidade de trazer grandes jogadores. Qualquer um deles. Tenha jogado aqui ou não. Se tivermos a oportunidade de trazer Fred, Conca, Thiago Neves, jogadores que já vestiram a nossa camisa, ou jogadores que ainda não jogaram aqui, mas que tenhamos interesse e que levem o Fluminense a disputar títulos, pode ter certeza que buscaremos.

10-  Peter teve a partir de 2014, uma aproximação com o presidente do Flamengo e essa "parceria" aparentou dar certo até o último Fla-Flu, quando desde a escolha do local para a partida, até a polêmica do gol anulado de Henrique, houve diversas quedas de braço entre os clubes. Você pretende manter esta relação próxima ou não?

O Fluminense tem que co-habitar e co-existir com todos os seus adversários. O futebol não se faz sozinho, você precisa da companhia dos outros clubes pra que o futebol se desenvolva. Entretanto, isso não significa que o Fluminense deva abrir mão de seus direitos em razão de qualquer parceria que se possa fazer com clube A, B ou C. O que se viu nos últimos dias foi o clube em prol de uma suposta parceria na qual, teoricamente, o Fluminense também deixou a desejar em algum momento cumprindo um suposto acordo de cavalheiros que pudesse ter em relação aos ingressos. O Fluminense saiu dos oitenta para oito. Dizia que não iria dar os 50%, que mandaria o jogo na Ilha do Governador, acabou dividindo o estádio, mandou o jogo em Volta Redonda e jogou com seu segundo uniforme. Além de não se fazer representado naquela confusão em campo em que acabou sendo extremamente prejudicado. Buscaremos parcerias que sejam boas para o Fluminense. Se não for, não iremos fazer.

11-  Aponte, especificamente, um grande erro e um grande acerto da gestão Peter.

Um grande acerto foi o equacionamento das dívidas na primeira gestão. Ela trabalhou bastante nisso. Um grande erro foi justamente a despreocupação com as finanças na segunda gestão, deixando uma série de coisas a pagar para o próximo presidente, seja ele qual for. Também teve, especialmente, o uso da máquina. Decepcionou-me muito. Não vejo com raiva, e sim com decepção, porque eu fiz parte da candidatura dele em 2010 e o apoiei na reeleição em 2013, e todo o discurso que ouvi sobre democracia e igualdade de condições na disputa da eleição está sendo desfeito agora, chegando ao nível de filmarem e colocarem um suposto projeto de um suposto terreno na FluTV, e usarem essa imagem no Premiere no horário que é do Fluminense. Esse final de gestão é uma grande decepção.

12-  Deixe suas considerações finais aos eleitores tricolores.


Gostaria que os torcedores do Fluminense - não gosto de chamá-los de eleitores, porque somos todos torcedores -, na hora do voto, pensem na história que Ricardo e eu temos aqui no clube. Não chegamos agora. O Ricardo tem 40 anos de sócio do Fluminense, eu tenho mais de 20 como sócio e 18 como prestador de serviços. Comecei como estagiário, passei pelo departamento de futebol três vezes, o Ricardo duas. Estive à frente do departamento jurídico durante muito tempo com bastante resultado. Conhecemos bem as finanças do clube, os problemas, as dificuldades que vamos enfrentar e temos especialmente uma história de apoio à instituição nos momentos de dificuldade. Fomos as duas pessoas, na história recente do clube, que aceitaram pegar os maiores desafios, em 2009 e em 2014. Quando a Unimed começava a tirar seus investimentos, o Ricardo estava lá, e quando a Unimed foi embora, era eu. É importante que se lembrem disso. Sempre pegamos uma situação ruim, nos momentos de dificuldade, e agora queremos ter uma oportunidade pegando do zero para que tenhamos 100% de chances de ser campeão.


Autor: Cayo Pereira

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1 comentários

  1. Parabéns pela entrevista! Objetivo e inteligente. Continue em busca dos seus sonhos !!

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